Ontem ao escrever sobre um
acontecimento na Rua Simão de Évora fui acometido da curiosidade de saber quem
foi este personagem histórico e o que teria feito de relevante para merecer
fazer parte da toponímia coimbrã. Depois de ter começado na Internet, percorrido
vários dicionários e uma enciclopédia, não vislumbrei a biografia deste
sujeito.
Bem sei que, perante os imensos
problemas que nos afligem actualmente, este assunto não será muito importante
mas poderá fazer-nos reflectir sobre a toponímia na cidade –que, lembro, até
tem uma comissão de análise para atribuição da menção. E então perante o
desconhecimento do historial de Simão de Évora poderemos fazer várias
perguntas. A primeira será se fará sentido continuar a colocar o nome de
cidadãos que se distinguiram por obras e feitos valiosos nas paredes da cidade
sem a sua história –aqui lembro que há poucos anos, aquando da substituição das
placas identificativas, deixou de se fazer referência à biografia dos nomeados
e contrariamente às placas anteriores em que aparecia a biografia.
A segunda questão, que por acaso
já há tempos avancei com este assunto aqui, é, tendo em conta a imensidão da
cidade, por que não passar a enumerá-las, tal como se faz nos Estados Unidos?
Para quem não conhece uma urbe, os números em série são muito mais práticos
tendo em conta as coordenadas. Por outro lado, por que não criar na cidade o
passeio da fama? –Mais uma vez copiando os Estados Unidos, mas não devemos ter
vergonha de plagiar o que se faz bem. Nestes passeios de transeuntes seriam atribuídas
estrelas a cidadãos que se notabilizassem dos demais. Por outro lado, a meu
ver, dever-se-ia acabar com as medalhas de ouro e outras atribuições que, mais
tarde ou mais cedo, vão acabar no “prego”, no prestamista.
Valerá a pena pensar nisto?
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