quarta-feira, 24 de outubro de 2012

HÁ RATOS NA PRAÇA VELHA




 Segundo Victor Silva, funcionário do Restaurante Praça Velha, na Praça do Comércio, este histórico largo maioritariamente dedicado à hotelaria, está a ser invadido por uma colónia de ratos. “Esta semana já matámos 5 roedores. Só hoje já foram dois. Eles saem das frinchas de pedra que existem ao longo da calçada. Então à noite é muito pior; nós vêmo-los a passear por aí; talvez pelo calor dos focos, sei lá?! A semana passada ligámos para o departamento do ambiente da Câmara Municipal de Coimbra a dar conta desta situação –porque estamos deveras preocupados- e responderam-nos que já estava a ser feita a desratização. Porém, não se vê nada para colmatar esta praga. Falei com um funcionário de uma empresa ligada a esta função e ele disse-me que a empresa que ganhou o concurso não está a ser eficaz no seu trabalho.”

HÁ RATO OU NÃO HÁ RATO?

Sobre se tem visto os pequenos animais a passearem sobre a calçada, Armando Campos, do Restaurante “A Taberninha”, respondeu assim: “até agora não me apercebi de nada. Se andam por aí, ainda não me vieram cumprimentar.”
Mais ao lado, e lá mais para o fundo junto ao Pelourinho, João Rodrigues, do café “Pepe Kebab", diz que já viu vários a passear e que, pelo à vontade, não eram turistas, eram residentes de certeza. “Sobretudo quando vem alguém colocar milho para os pombos, é certinho e direitinho, os roedores saírem daí das frinchas. A semana passada vi-os de aqui, e dos grandes” –e mostra a medida aproximando as duas mãos abertas. Outra vez foi quando desmancharam o palco, vi um dos grandes a controlar a área, como se fosse patrulheiro.

E A JUNTA SABE DA RATARIA?

Contactado Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu, respondeu assim: “é um fenómeno novo e hoje mesmo logo que tomei conhecimento pelo Jorge Neves, membro da Assembleia de Freguesia, imediatamente foi enviado um ofício, com carácter de urgência, à Câmara Municipal de Coimbra.”

OS GATOS PODEM SER UMA SOLUÇÃO?

Num tempo de quase completo esvaziamento da Baixa, de pessoas e animais, onde praticamente não se vêm cães vadios, a não ser presos pelas trelas dos donos, que mesmo assim, à noite, deixam às portas os dejectos da sua passagem, é curioso verificar que no Largo da Freiria, dentro de um prédio abandonado, vários gatos impõem o respeito à rataria da área. Aqui não se vêem destes pequenos invasores. Quem sabe esta não será uma solução transitória ou definitiva?
Curiosamente, e a talhe de foice, ainda hoje se assistiu aqui a uma senhora vir abandonar o seu gato no referido edifício decrépito e sair lavada em lágrimas. É certo que abandonou o animal de estimação à sua sorte, mas a pergunta que subjaz é: porquê? Provavelmente por não o poder manter em casa devido à despesa que lhe causava. Se calhar, por quem presenciou, pelo sofrimento manifestado, muito lhe teria custado.

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