Segundo Victor Silva, funcionário
do Restaurante Praça Velha, na Praça do Comércio, este histórico largo maioritariamente
dedicado à hotelaria, está a ser invadido por uma colónia de ratos. “Esta
semana já matámos 5 roedores. Só hoje já foram dois. Eles saem das frinchas de
pedra que existem ao longo da calçada. Então à noite é muito pior; nós vêmo-los
a passear por aí; talvez pelo calor dos focos, sei lá?! A semana passada
ligámos para o departamento do ambiente da Câmara Municipal de Coimbra a dar
conta desta situação –porque estamos deveras preocupados- e responderam-nos que
já estava a ser feita a desratização. Porém, não se vê nada para colmatar esta
praga. Falei com um funcionário de uma empresa ligada a esta função e ele
disse-me que a empresa que ganhou o concurso não está a ser eficaz no seu
trabalho.”
HÁ RATO OU NÃO HÁ RATO?
Sobre se tem visto os pequenos animais a passearem sobre a calçada, Armando Campos, do Restaurante “A Taberninha”,
respondeu assim: “até agora não me apercebi de nada. Se andam por aí, ainda não
me vieram cumprimentar.”
Mais ao lado, e lá mais para o
fundo junto ao Pelourinho, João Rodrigues, do café “Pepe Kebab", diz que já viu
vários a passear e que, pelo à vontade, não eram turistas, eram residentes de
certeza. “Sobretudo quando vem alguém colocar milho para os pombos, é certinho
e direitinho, os roedores saírem daí das frinchas. A semana passada vi-os de
aqui, e dos grandes” –e mostra a medida aproximando as duas mãos abertas. Outra
vez foi quando desmancharam o palco, vi um dos grandes a controlar a área, como
se fosse patrulheiro.
E A JUNTA SABE DA RATARIA?
Contactado Carlos Clemente,
presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu, respondeu assim: “é um
fenómeno novo e hoje mesmo logo que tomei conhecimento pelo Jorge Neves, membro
da Assembleia de Freguesia, imediatamente foi enviado um ofício, com carácter
de urgência, à Câmara Municipal de Coimbra.”
OS GATOS PODEM SER UMA SOLUÇÃO?
Num tempo de quase completo
esvaziamento da Baixa, de pessoas e animais, onde praticamente não se vêm cães
vadios, a não ser presos pelas trelas dos donos, que mesmo assim, à noite,
deixam às portas os dejectos da sua passagem, é curioso verificar que no Largo
da Freiria, dentro de um prédio abandonado, vários gatos impõem o respeito à
rataria da área. Aqui não se vêem destes pequenos invasores. Quem sabe esta não
será uma solução transitória ou definitiva?
Curiosamente, e a talhe de foice,
ainda hoje se assistiu aqui a uma senhora vir abandonar o seu gato no referido
edifício decrépito e sair lavada em lágrimas. É certo que abandonou o animal de
estimação à sua sorte, mas a pergunta que subjaz é: porquê? Provavelmente por não
o poder manter em casa devido à despesa que lhe causava. Se calhar, por quem presenciou, pelo
sofrimento manifestado, muito lhe teria custado.
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