Todos sabemos que genericamente toda
a imprensa escrita em papel, e muito particularmente a regional e local, está
atravessar o deserto. Ainda há dias escrevi aqui sobre este mesmo assunto. Naturalmente
que, tal como qualquer empresa, diários e semanários legitimamente tentam sair do fosso angariando
novos clientes, no caso assinantes. Então, através de acordos com outras
prestadoras de serviços, trocando provavelmente publicidade por prémios,
oferecem verdadeiras recompensas tentadoras para novos assinantes. Podem ir de
uma semana no Algarve até uma muda de pneus no valor de 150 euros. Até aqui
tudo bem. Mas há uma questão que se levanta: e os velhos assinantes, como é que
ficam? Acontece que seguidores do jornal de muitas décadas continuam a pagar o
mesmo e sem receber qualquer incentivo. Pelo contrário o que se dá a mais aos
novos subscritores, em discriminação positiva, desmotiva os mais velhos a continuarem -assim um pouco na linha dos impostos, taxando cada vez mais quem trabalha. Então, das duas uma,
ou se baixam as inscrições para os velhos amigos ou se sobem os valores para quem
vier de novo. Por exemplo, faria todo o sentido que quem usufrui de novas
regalias fosse obrigado a dois anos de fidelização. Sendo o prazo igual, de um
ano, convida os antigos a desvincularem-se e irem dar uma volta até ao Brasil e
depois, quando voltarem, fazem-se novamente assinantes do jornal.
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