O recado chegou-me breve e sumário: “por favor escreva no jornal O Despertar sobre
uma placa sinaléctica que está tombada, há várias semanas, na entrada da Rua da
Gala”. Prometi que iria escrever mas alertei imediatamente que, para os
lados da Câmara Municipal, aparentemente, ninguém lê o mais antigo semanário de
Coimbra. Pelo menos a fazer fé numa tampa de ferro, que se encontra partida na
Rua das Padeiras desde há cerca de um mês, e que já dei notícia, e nesta data
em que escrevo continua a provocar a paciência do comerciante Luís Duarte.
Disse também a quem me pediu para ser o mensageiro
que iria aproveitar para me redimir perante a “Coligação por Coimbra”, anterior
executivo municipal. É que há muitos anos que, no espírito de participação
cidadã, utilizo a escrita para alertar os serviços da edilidade para pequenas
anomalias nas ruas do Centro Histórico que, apesar de minudências, podem causar
feridos. No tempo do “ancien regime”,
passadas 48 horas, talvez em média e após a comunicação, eram reparadas. E eu
refilava perante a inoperância da resposta tardia. Agora são precisos dias, mais
dias e semanas e rezar à padroeira para que ninguém se magoe. Desculpa lá, ó
Barbosa! Como já tenho cabelos brancos, deveria saber que quem vem a seguir é
sempre pior! Sou crédulo. Tem paciência! Volta que estás absolvido! E já agora,
perdoa-me a mim também!
1 comentário:
Então o senhor está a dar-me razão. De facto, e pelos vistos, o Gabinete de Imprensa da CMC não lê nem faz recortes do que vem plasmado nos jornais. Que me lembre, o último que afirmava que não ligava aos jornais foi Encarnação. Agora até o senhor? Ó alma de Deus, mande lá endireitar a coisa! É para isso que o senhor lá está! Justifique o que aufere! O senhor ganha para trabalhar para o público, eu não! E, pelos vistos, manda umas postas de pescada a quem o faz gratuitamente. Mande lá arranjar aquilo, que é uma vergonha! Tal como a tampa na Rua das Padeiras! E deixe-se de lições de cidadania!
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