Pode até parecer que estou a puxar louros cá
para a minha cantareira mas não é assim. A minha conta no tocante a créditos lá
para os lados da Câmara Municipal está mais recheada e pesada que a Ponte das
Artes, em Paris, com o peso dos cadeados
do amor e que ameaça fazer submergir a travessia do Sena. O que quero dizer
com isto?
É que a semana passada escrevi n’O Despertar uns coices –salvo seja, que
cá o animal é dócil- contra a inoperância da autarquia em face de uma tampa
rebentada na Rua das Padeiras –e depois do comerciante Luís Duarte se ter
queixado um mês antes- e uma placa de sinalética que, a imitar as borracheiras
do “Toino Sarapanta”, há muito tempo continuava inclinada na Rua da
Gala.
Ora, dizia eu, no mais antigo
semanário de Coimbra, que os serviços camarários não liam o jornal. Claro que
lêem! E a prova está que logo na sexta-feira, dia de saída da publicação, a
tampa foi substituída e a placa foi endireitada. Por isso mesmo as minhas
desculpas aos serviços de imprensa da casa de todos os poderes. Ao mesmo tempo,
com franqueza, um agradecimento. E um vociferar: que raio, eu, o Luís Duarte e
outros, poucos como ele, que se importam com o que se passa aqui somos amigos.
Estamos todos do mesmo lado da barricada. Portanto, lá para os lados da Praça 8
de Maio, não nos tratem como inimigos, pode ser? Bem sei que as coisas não aparecem
feitas por um estalar de dedos, mas, caramba!, basta um bocado de atenção.
Mudou o presidente da Câmara mas não mudaram os serviços. Se até há meses as
coisas funcionavam bem porque não agora?
Em suma, remato que, como se
portaram bem e o resultado foi satisfatório, não vou marcar falta nem escrever
nada no Index. Bem-haja a todos os
que cuidam da coisa pública!
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