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PELA REGENERAÇÃO
URBANA, POR COIMBRA: REFERENDAR A VIA CENTRAL
“Deve a abertura da Via Central, entre a beira-rio e a Rua da Sofia,
ser condicionada à passagem do eléctrico ligeiro de superfície e à existência
de um programa de requalificação urbana, adaptando os edifícios da Rua da Sofia
a esse fim?”
É intolerável o estado de degradação em que permanece a baixinha
de Coimbra, entre o rio, a Av. Fernão de Magalhães e a Rua da Sofia, pelo
“bota abaixo”, em resultado de absurda decisão, de 2005, de fazer
demolições sem prévia aprovação de projeto e garantia de financiamento.
Seguiu-se uma longa inação municipal. Nunca se iniciou a regeneração
urbana desta zona nem sequer se iniciaram obras em edifícios onde painéis
já velhos indicam há muito que iam ser objeto de requalificação. Urge
iniciar rapidamente este programa, entendido também como projeto de
desenvolvimento local que torne aquela zona atrativa, desenvolvendo-a,
quer para a habitação, quer para o comércio e para atividades culturais e
de lazer.
Em vez de fazer isto, a Câmara Municipal deliberou abrir o que designou
“Via Central”. Só duas coisas são claras: que haverá mais demolições,
incluindo pelo menos três dos edifícios no início da Rua da Sofia,
Património da Humanidade, e que esta será uma via de atravessamento para
o trânsito automóvel. A zona aberta seria separada do resto, esventrado,
por uma rede.
Contudo, há para esta zona um programa aprovado do Arq. Gonçalo Byrne,
que é mais do que um projeto de intervenção física, pois é também um
plano integrado de desenvolvimento do local. As demolições que prevê são
apenas as necessárias para o metro ligeiro de superfície, em via
dedicada. Regenera os edifícios e requalifica aquele tecido urbano
histórico de grande valor.
Acontece que está em vigor um “Regulamento Municipal de Edificação,
Recuperação e Reconversão Urbanística da Área afeta a` candidatura da
Universidade de Coimbra a Património Mundial da UNESCO, incluindo a Zona
de Proteção” que é, em tudo, o inverso do que agora se propõe, ficando o
que ali é disposto gravemente ferido.
Perante isto, e dado que a deliberação na Câmara Municipal já foi tomada,
torna-se importante acionar um instrumento de democracia local e de
participação da cidade, convocando-se um referendo com que se pretende
que Coimbra afirme que a abertura de uma via naquele local só deve
fazer-se para a passagem, em via dedicada, de um elétrico ligeiro de
superfície, com um programa de requalificação urbana, adaptando os
edifícios da Rua da Sofia a esse fim.
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