Durante mais de meio-século e até há cerca de
dois anos, Elvira Magalhães vendeu o
“leite do dia” na Rua Martins de
Carvalho. Com a invasão do leite pasteurizado, que não necessita de ser fervido
e se conserva durante meses, o antigo e tradicional, progressivamente, foi
deixando de ter procura. A antiga Rua das Figueirinhas, agora sem a sua
presença, ficou mais pobre e vazia. Das pedrinhas da calçada e as paredes do
edificado, um pregão, embalado numa voz fininha e adocicada, parece continuar a
emergir: “LEITEEEE… DOOOO… DIAAAAAA”
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