No Largo das Ameias e com entrada pela Rua
Adelino Veiga, abriu hoje “A Loja dos Pastéis
de Chaves”.
Num espaço carregado de história onde,
durante décadas e até finais de 1990, funcionou a loja de ferragens Viúva Alves
Vieira, a seguir a loja de atoalhados Casa Sousa –que encerrou em finais de
2014- e depois o restaurante “Ameias”, que, alegadamente, por questões de saúde
do proprietário, teve de claudicar precocemente, o novo estabelecimento “A Loja dos Pastéis de Chaves” assenta
ali que nem ginjas e concorre para o renascimento da zona. Com uma decoração leve, onde predomina a madeira, e as
cores vivas e frescas marcam presença, esta nova catedral pantagruélica promete
dar que falar e de comer a quem gostar de algo diferente.
Em sistema de franchising, para além das excelentes guloseimas –provei e
recomendo-, são servidas saladas, pequenas refeições e sandes especiais à moda
da sub-região do Alto Tâmega.
É um investimento de Fernando Moura –um nosso
vizinho que sempre esteve ligado à iniciativa privada com provas dadas e que,
fazendo do risco uma aventura, gosta de contribuir para o desenvolvimento da
cidade, e do país. Até há pouco ligado à área da desinfestação, confessa-me que
não percebe muito de hotelaria mas estando
assessorado como está com Mário Jesus não tem qualquer receio de abrir aqui ou
em qualquer outro lugar. O Mário, o gerente deste novo empreendimento, é um
profissional que trata por tu a hotelaria -por que o conheço há muitos anos,
corroboro as palavras do patrão Fernando Moura.
Para já foram criados seis postos de trabalho
mas, se tudo correr, espera-se colocar mais funcionários. De segunda a Domingo –ou
seja, todos os dias sem encerrar- o horário de abertura é às 08h00 e o fecho às
22h00.
Muita felicidade para esta nova
empresa. A sorte que lhe desejamos é a que ambicionamos para nós. A Baixa
precisa de estabilidade empresarial. Ficamos todos a torcer pelo seu sucesso.
Para quem se recorda do visual do Largo das Ameias, nos últimos anos, com aquela vitrina de “A Regional” a servir de “espanta visitantes”, concordará que as
alterações agora realizadas vieram trazer uma dignidade há muito perdida a este
primoroso lugar. Por outro lado, o futuro há-de mostrar que até para a
prostituição ali praticada a céu-aberto será bom. Ficamos todos a ganhar. Com
esta abertura, previsivelmente, as profissionais do sexo deslocam-se mais para
as ruelas estreitas e deixam de estar expostas ali em grupo –não interessa para
aqui, mas respeito muito a função desempenhada por estas mulheres de vida
difícil. Ou seja, sem prejudicar ninguém, dando um pouco, ganha a cidade.
A meu ver, aproveitando a boleia da
modernização visual do largo, a Câmara Municipal deveria deslocalizar para um
local mais recatado os dois contentores herméticos de resíduos urbanos que,
numa falta de gosto que brada à padroeira, foram colocados num espaço de
eleição.
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