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EMPRESÁRIOS DE COIMBRA EXIGEM!
O
Núcleo de Coimbra da CPPME, no desenvolvimento da sua actividade, realizou
recentemente as seguintes acções:
i)
uma visita aos
empresários do comércio, restauração e serviços da Baixa de Coimbra e, de outros
concelhos;
ii)
um debate sobre as micro, pequenas e médias
empresas (MPME), com a participação dos candidatos às eleições legislativas, das listas dos partidos e coligações,
com assento parlamentar.
Das
muitas dezenas de opiniões e propostas recolhidas, o Núcleo de Coimbra
considera urgente que sejam tomadas medidas, a nível do poder local e central,
que defendam os MPME e as suas empresas da voracidade e ganância dos grandes
grupos de distribuição e suas “catedrais” de consumo, da banca e dos agregados
transnacionais.
Os
micro e pequenos empresários do concelho de Coimbra têm visto agravar a sua situação
económica e financeira fruto de vários factores, entre eles:
·
a proliferação de
grandes superfícies comerciais - que tem tido todo o tipo de facilidades
(isenções fiscais, acessos e estacionamentos);
·
o encerramento de
importantes empresas industriais - com o inevitável desemprego associado e a
perda do poder de compra das famílias;
·
o fim dos
transportes públicos para as ruas principais de Baixa – com a inerente dificuldade
de acesso;
·
O desaparecimento
do (pouco) estacionamento gratuito existente – empurrando os automobilistas para
os parques privados com preços elevadíssimos e desmotivadores de se comprar na
Baixa.
Assim,
no plano Autárquico, dentro dos poderes que a lei lhe confere - que são imenos
- o Núcleo da CPPME exige que o executivo camarário de Coimbra tome medidas
favoráveis ao desenvolvimento do negócio das micro e pequenas empresas. Destacamos
algumas:
1. Isenção da derrama por 3 anos, a empresas com volume
de negócios (VAN) inferiores a 150.000 euros;
2. Medidas de mobilidade e segurança, que reforcem a atractividade
dos eixos comerciais da cidade de Coimbra, criando dinâmicas que garantam o
acolhimento de novas empresas e a sustentabilidade das que já aqui operam;
3. Isenção nas primeiras 2 horas, nos parques de estacionamento
da zona Baixa, até ao Natal e Ano Novo. Podendo ser avaliada no fim do ano e,
em 2016, mantida ou reduzida para a isenção da primeira hora. Esta medida deve
ser acompanhada de intensa divulgação nos meios de comunicação social, nos
meios informáticos da Autarquia e junto dos terminais dos parques. Cuja
intenção é conquistar novamente as famílias da cidade e das freguesias a
voltarem ao Centro Histórico, sem encargos inaceitáveis e que as empurram para
as grandes superfícies;
4. Redução – ou isenção - das taxas de ocupação dos
espaços públicos, de toldos e anúncios. Esta medida de discriminação positiva é
justificada pelos imensos e brutais impostos a que a micro e pequena empresa
está sujeita e a torna precária;
5. Criação do Gabinete de Apoio ao Empresário, Captação
de Novos Investimentos e ajuda no acesso aos Fundos Comunitários 2014-2020. Reforçando
assim o já existente Gabinete de Apoio ao Investidor (GAI).
Relativamente
ao poder central, a CPPME exige do Governo que vier a sair das eleições do dia
4 de Outubro, as seguintes medias urgentes:
1. A revogação do Decreto-lei, nº 10/2015, de 16 de
Janeiro “Novo Regime de Acesso e Exercício às Actividades Económicas do
Comércio, Serviços e Restauração”, que em vez de corrigir desequilíbrios
existentes, veio agravar ainda mais a já precária situação destes sectores de
actividade (veja-se por exemplo a nova implementação de saldos, que não passa
de uma autêntica aberração, favorecendo descaradamente os grandes grupos
económicos, que a coberto da legislação fazem promoções quando bem lhes apetece);
2. Uma Reforma Fiscal urgente, que elimine o malfadado
PEC – Pagamento Especial por Conta (imposto
cego e injusto), que reduza o IVA e o IMI, entre outros impostos e tributações;
3. Uma política de crédito compatível com a economia
nacional e os diversos operadores económicos;
4. A revogação do Decreto-Lei nº 12/2013, de 25 de
Janeiro, sobre “Apoio Social aos Empresários”, dado tratar-se de um autêntico
embuste, na media em que nenhum empresário tem acesso à sua aplicação concreta.
5. A redução dos custos fixos e de contexto (electricidade,
gás, combustíveis, portagens, água e as dezenas de taxas e taxinhas em vigor).
6. A garantia de que pelo menos 50% dos Fundos Comunitários,
do Portugal 2020, sejam destinados às micro e pequenas empresas que, como se
sabe, são 99,2% do tecido empresarial português. É preciso garantir que estes
fundos tenham por objecto a criação de postos de trabalho e, que se combata a
práticas dos anteriores, em que foram distribuídos milhões de euros para um
número restrito de grandes empresas e, tomando o hábito, sempre as mesmas.
JUNTOS VAMOS CONSEGUIR!
Coimbra,
23 de Setembro de 2015
O
Núcleo de Coimbra da CPPME
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