Para quem o conhecia e para os muitos amigos hoje foi surpreendido pelo anúncio na necrologia dos dois jornais diários da
cidade: “Francisco Alberto Fragoso
Rodrigues faleceu com 58 anos”.
O Francisco, mais conhecido por “Chico Fragoso” era funcionário do CHC,
Centro Hospitalar de Coimbra, nos Covões. Para além da sua vida profissional,
era atleta do Dojo, do ginásio, da Académica, no Estado Universitário.
Praticava Karaté e era cinturão negro. Para quem o conheceu, era um tipo
fantástico. Algo reservado, com um humor sibilino, inteligente, bom camarada, tinha
uma espiritualidade presencial de excelência.
O que aconteceu ao “Chico”? Porventura, será a pergunta que mais nos martela a cabeça.
Segundo um amigo muito próximo, na noite desta segunda para terça-feira, última,
ter-se-ia sentido mal e foi às urgências do hospital. Cerca das 13 horas de terça-feira
foi encontrado morto -por suicídio. Prossegue o colega do Fragoso, “nos últimos tempos via-o muito parado.
Alguma coisa se passava e provocava aquela apatia. Faltava-lhe aquele brilho
que tão bem lhe reconhecia. Mas sei lá o que lhe aconteceu?! Estas decisões
derradeiras tomam-se de repente!”
Na capela nova de S. Martinho do Bispo, onde jazia
hoje a exposição de homenagem e corpo presente, naturalmente que o ambiente era
de angústia e de grande sofrimento. Perante os gritos lancinantes do Rodolfo
Rodrigues, um dos dois filhos agarrado ao finado, “não há palavras para te descrever, pai, eras o meu melhor amigo e
deixaste-me assim!”, era impossível que as lágrimas não nos corressem pelo
rosto.
Se posso escrever assim, em nome de todos os
praticantes de Karaté, da Académica e talqualmente como outros atletas da
modalidade, em nome de tantos amigos que deixa de coração apertado, para a
família, esposa e filhos, os nossos sentidos pêsames. Nesta hora de grande
amargura, um enorme abraço de solidariedade. Um grande “oss” –de cabeça
inclinada ao chão- de respeito pelo Fragoso. Que descanse em paz!
1 comentário:
Eu tive o privilégio de conhecer o Francisco e estou completamente atordoado com tão triste e injusta notícia.
Conheci o Xico por razões profissionais (sou Delegado de informação Médica) já lá vão mais de 20 anos. Estas relações rapidamente se transformaram numa relação de amizade.
Já lá vão uns valentes anos em que lhe vendi o meu carro da altura (uma carinha Opel de cor cinzenta).
Amigo, simpático, sempre pronto a ajudar toda a gente.
É uma injustiça ver um amigo partir desta forma.
Até um dia Francisco.
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