Anónimo deixou um novo comentário
na sua mensagem "VASSOURADA NA FEIRA DE VELHARIAS":
Seria também bom que, de uma vez por todas, se distinguissem "velharias" de "antiguidades", o que implicaria algum esforço pedagógico de alguém. Fico sempre espantado com certas coisas sempre que visito a feira, sobretudo com o descaramento de muitos vendedores. Mas isso são contas de outro rosário.
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RESPOSTA DO EDITOR
Muito obrigado pelo seu desabafo em jeito de
comentário. Sem dar propriamente uma solução para a destrinça que evoca, tenho
para mim que pretender tal separação nas feiras de rua é sempre tempo perdido.
Tentar dividir coisas antigas (com mais de cem anos) e modernas num evento ao
ar livre, creio, é despiciente. O pitoresco destas mostras reside
essencialmente na grande variedade de oferta. Tentar fazer esse fraccionamento,
através da classificação a olho, é o mesmo que mirar uma mulher nova e apostar que ela é virgem e deixar de fora uma cota por se pensar que ela terá
mais rodagem que um camião TIR. As avaliações apriorísticas dão sempre erro. É
o cliente que, pelo seu conhecimento ou não e confiança no vendedor, vai fazer a escolha. O que se deve
ter algum cuidado é evitar que os objectos expostos resvalem para o novo. Ou
seja, um expositor terá de mostrar nos artigos que vende uma parte maioritariamente
usada e já com algumas décadas. Tentar emendar esta questão, impondo regras de
apreciação, inevitavelmente, é perda de tempo e dá asneira. É a tal discussão histórica
de saber se quem nasceu primeiro: se o ovo ou a galinha. Por outro lado, venha
o primeiro “especialista” em antiguidades afirmar que nunca se enganou.
De qualquer modo sempre adianto que esta “escolha”
–por imperativo legal- da Câmara Municipal vai contribuir para isso. Isto
porque normalmente quem apresenta para venda objectos semi-novos e com pouco
valor é o particular que se apresenta para vender uns tarecos sem grande
qualidade somente para fazer uns trocos. O “profissional” de velharias, na
maioria dos casos, sabe muito bem –pela sensibilidade e sexto sentido- o que é
novo e antigo. E à medida que vai avançando no tempo torna-se um recuperador da
memória e um seleccionador natural, sempre a evoluir para o melhor.
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