A notícia caiu hoje na Baixa que nem uma
bomba: “o comerciante das flores
matou-se!”
Este comerciante era de tal modo
introspectivo e falava tão pouco com a vizinhança que até para eu saber o seu
primeiro nome foi difícil. Dos poucos que julgavam saber o seu apelido apenas o conheciam por Martins. Encontrei um confinante que disse que lhe parecia ser Joaquim.
Joaquim Alberto de Jesus Martins, de 57 anos de idade, era proprietário de duas lojas de flores
na Baixa. Uma no gaveto que divide as Ruas do Corvo e Eduardo Coelho –e com
frente para o Largo do Poço- e outra no shopping da Sofia –com frente para a
rua com o mesmo nome. Embora tivesse começado na Praça do Comércio numa
pequena entrada de um prédio, foi alargando o seu negócio e acabou estabelecido nestes
pontos de venda. A mudança teria ocorrido há cerca de uma dezena de anos. Mas, afinal,
o que se passou para o Martins ter colocado termo à vida? Falei com várias
pessoas que, pedindo o anonimato, o conheciam relativamente bem e todos foram
unânimes em afirmar que era uma pessoa pouco comunicativa, muito introvertida,
mas bom homem. Um seu fornecedor, com pesar, transmitiu-me: “nem sei o que lhe diga! Ainda antes de ontem
estive a falar com ele. Parecia muito bem. Até me disse que lhe parecia que o
negócio estava a começar a subir. Quem entende uma coisa destas?”
Uma outra mais
próxima ainda, no centro comercial Sofia, acrescentou que “estou espantada! Estou em choque! Ninguém esperava uma coisa destas! O
senhor Martins tinha um aneurisma na cabeça e foi operado há vários anos. Neste
último começou a piorar e, creio, voltou a ser intervencionado. Nos últimos
tempos notava-se muito abatido. Segundo se consta aqui no centro comercial,
ontem teria tido uma descarga pela uretra e, na casa-de-banho, foi sangue por todo o lado. Não se
sabe bem, supõem-se, teria ficado em pânico. Disse à esposa que se sentia muito
cansado e iria para casa descansar, para a Pampilhosa do Botão, Mealhada, onde
residiam. Passado um bocado, teria sido uma vizinha que alertou a Dona Augusta, a
agora viúva, para o sucedido. Uma tristeza, senhor!”
Se posso escrever assim, em nome dos seus colegas comerciantes, na Rua Eduardo Coelho e no Centro Comercial Sofia, em nome de toda a Baixa, um profundo lamento pelo acontecimento trágico. À viúva, Augusta Martins, e ao filho, Braulio Cunha, nesta hora de profundo pesar, um grande abraço de solidariedade e os nossos mais profundos sentimentos. Para o Martins, que já lá vai, até sempre e que descanse em paz!
P.S. -O corpo estará amanhã em câmara ardente na capela mortuária da Pampilhosa a partir das 11h00. Pelas 16h00, na igreja local, será celebrada missa de corpo-presente e seguidamente o féretro seguirá para o cemitério da mesma localidade.
Se posso escrever assim, em nome dos seus colegas comerciantes, na Rua Eduardo Coelho e no Centro Comercial Sofia, em nome de toda a Baixa, um profundo lamento pelo acontecimento trágico. À viúva, Augusta Martins, e ao filho, Braulio Cunha, nesta hora de profundo pesar, um grande abraço de solidariedade e os nossos mais profundos sentimentos. Para o Martins, que já lá vai, até sempre e que descanse em paz!
P.S. -O corpo estará amanhã em câmara ardente na capela mortuária da Pampilhosa a partir das 11h00. Pelas 16h00, na igreja local, será celebrada missa de corpo-presente e seguidamente o féretro seguirá para o cemitério da mesma localidade.
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