(Imagem da Web)
Maria de Lurdes Mateus mora há muitas décadas,
tantas tantas que já lhe perdeu a conta, no Largo da Freiria e mesmo ao lado da
antiga rua dos sapateiros. Como a maioria dos conimbricenses é devota da Rainha
Santa e vê com desagrado o divórcio crescente, nos últimos anos, entre a
procissão da padroeira e a Baixa da cidade. “Ainda
sou do tempo em que, por volta de 1950, o cortejo passava na Rua Eduardo
Coelho. Com o argumento da via ser estreita alteraram o percurso e, com pompa e
circunstância, passou para as ruas da calçada e a finalizar na Igreja da Graça,
na Rua da Sofia. Agora, e desde há dois anos, o préstito só vai até à Igreja de
Santa Cruz, na Praça 8 de Maio! Porquê? Por que razão a Rua da Sofia não é
contemplada e respeitado o trajeto adotado desde há meio século? Será que a
recente distinção, pela Unesco em Património Universal da Humanidade, da antiga
rua dos colégios não deveria fazer pensar melhor os “arautos da intriga da
Confraria”? Por este andar, qualquer dia, a imagem da veneranda nem chega a
sair do convento!”, enfatiza Lurdes Mateus com pesar.
1 comentário:
Antigamente, a imagem da Rainha Santa ficava na igreja de Santa Cruz, depois é que passou a ir até à Graça.
A mais recente mudança foi para aproximar ao antigo trajecto, mas claro que não faria sentido voltar às ruas estreitas, tendo em conta a dimensão da actual procissão.
A Igreja de Santa Cruz é Panteão Nacional e tem mais importância e dimensão para receber a imagem da Rainha Santa.
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