Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM PINGO DE DIGNIDADE PARA UM LADRÃO":
Só lhe falta dizer que é a favor dos furtos noutras situações.
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RESPOSTA DO EDITOR
Porque em questões formuladas aqui ninguém
deve ficar sem resposta –pelo menos é o que prega aos peixes o nosso provedor -que
por acaso sou eu, mas não importa nada porque sou independente entre o eu que escreve e o outro eu que analisa
o procedimento- vou então, sem maçada nenhuma, como deve calcular, responder à
formulação.
Começo então por lhe afirmar,
preto no branco, que sou a favor de furtos, sim senhor, em casos por mim
considerados especiais. Furtos virtuais –nada de confusão, nem violência, caso
assim seria roubo- sem tocar no material. Assim uma espécie de furto platónico. Quer uma amostra, não
é? Pois sim senhor! Tenha calma que vou dar uma. Como já sou velhote, já me
habituei a dar uma…. de cada vez, e assim no jeito de espera cavalo!. Já lá vai o tempo, meu caro, em que dava uma, duas,
três. Mas o tempo, este tempo que nos cilindra e faz de nós pudim flan, não
perdoa. Agora dou uma… amostra, com calma, muita calma, a pedir aos deuses que
me prolonguem a sensação e me façam parecer o outro, aquele que já lá vai. Mas
vamos ao que interessa que isto é paleio que não enche barriga. Vamos então ao
exemplo que você precisa para eu fundamentar se sou, ou não, a favor do furto
simples –ou complicado.
Tome então atenção a este caso que nos
acontece todos os dias, pelo menos quando estamos acordados. Olhe o caso da
gaja boa, boa, boa, que, passando por nós na rua, parece levitar sobre uma
nuvem. Diga-me, não apetece furtar-lhe um carinho? E os seus olhos libidinosos,
de azul esverdeado, que provocam vertigens magnéticas e cujo brilho envolvente
parece conduzir ao Céu? E que, para nosso pesar, de homem comum, parecem só
inclinar para certos mostrengos eleitos não se sabe com base em que critério de
avaliação! Então não apetece furtar aquele olhar? E aqueles cabelos negros,
azeviche, caídos em cascata sobre uns ombros modelados por barrista famoso,
diga-me, não sentimos uma vontade louca de os acariciar e furtar um para
emoldurar e pendurar na parede do nosso quarto por cima da cama e no mesmo
sítio onde outrora esteve um crucifixo?
E os seus lábios carnudos,
vermelhos de tanto fulgor de desejo, diga-me, o furto de um beijo não deveria
ser admissível? E aqueles seios erectos, a fazerem lembrar duas maçãs golden
esverdeadas e luzidias e penduradas na macieira, não deveria ser possível furtá-los?
E aquela amostra de saia curta que a diva, no seu caminhar sensual e coleccionador
de olhares masculinos, teima em puxar, puxar para baixo, como se a coitada da
amostra de pano tivesse culpa de ter sido concebida assim e sofrer tantos puxanços
e apalpões da dona. Não apetece furtar o panito e poder ver o que se ocultará
por debaixo daquele baixo-ventre? E aquela perna bem torneada, em que uma
qualquer Sharon Stone, no filme Instinto Fatal, é simplesmente amostra gratuita, não me diga que nunca sentiu um
irreprimível desejo de as levar consigo? Não? Ó diabo, não me diga que gosta de
outra fruta…!
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