"EDP cortou fornecimento de eletricidade no Bairro do Lagarteiro". LEIA AQUI.
Perante um acto aparentemente simplista como
este, os legalistas vão dizer: “Muito bem! Assim é que é! A lei é igual para
todos!
Os justicialistas
clamarão: “Finalmente fez-se justiça! Eu também pago a electricidade!”
Os utilitaristas
gritarão: “ Temos todos de entender a utilidade das coisas! Há uma relação
directa entre utilidade e obrigação.”
Os “gajos” da direita
escreverão: “Assim é que é! Essa “cambada”, que vive à custa do rendimento
mínimo, quer consumir e não pagar? Ai é assim que se mantém o Estado social?”
Os “gajos” da esquerda
mandarão o seguinte recado: “Estamos perante mais uma atrocidade deste governo
fascista que quer enterrar todos os pobres em campa rasa e sem direito a epitáfio!”
Os liberais, lendo o que
uns e outros escrevem e usando de alguma ponderação, exclamarão: “É uma medida
que deveria exigir alguma reflexão! O Estado, com medidas avulsas como esta,
sem ter em conta as dificuldades do cidadão, que deveria defender por contrato
social, está a provocar a sua implosão a curto prazo!”
O Dr. Eufrásio da Silva (nome aleatório),
reconhecido homem de negócios, proclamará: “Tenho pena desta gente, claro que
tenho! Mas se não pagam o que gastam o que quer que se faça? Eu também pago os meus consumos! Vivemos num Estado
de direito, não é assim?”
O Apolinário, reconhecido
polidor de esquinas da Baixa de Coimbra, enfatizou: “Foda-se, pá! Isto é um
insulto a quem trabalha! Estamos entregues aos bichos!”
O Marcelino (nome
inventado), de 85 anos, reconhecido antifascista e que até esteve preso no
Tarrafal, deixa escapar: “Fascistas de uma figa! Filhos de uma grande puta! Eles
comem tudo e não deixam nada! Estamos pior que no tempo salazarista!”
O Avenal (nome fictício),
palrador e seguidista da Mocidade Portuguesa e outras estruturas do Estado
Novo, não deixa passar em vão: “Estava de ver que isto ia acontecer! Ando a
dizer isto mesmo há 39 anos, desde que essa escumalhada
dos militares entregou isto ao estrangeiro. Ainda vamos ver pior! Hão-de chamar
por Salazar três vezes, mas ele não se levantará da tumba!”
1 comentário:
E com quem é que o meu amigo concorda?Eu estou ali no meio dos «gajos» da direita e dos comunas e radicais de esquerda.Que é um problema que eu não gostaria de resolver,isso tenho eu a certeza!
Abraço,Marco
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