A GERAÇÃO DO PENICO
Andam em
bandos pelas ruas da cidade,
parecem corvos negros a anunciar tempestade,
levam nas costas corcundas de uma mocidade,
que sendo novos, parecem não ter idade,
são mais velhos que os avós, mas com agilidade,
se os velhotes vissem bem a sua imbecilidade
procurariam morrer de vergonha por esta verdade,
são anjos negros, bonecos, sem autenticidade,
manipulados por outros bonecos sem sanidade,
dá uma tristeza ver esta gente, esta boçalidade,
a embebedar-se, a destruir com bestialidade,
levando tudo à frente com brutalidade,
não são corvos, perdão, são bestas sem civilidade,
são o produto resultante da desonestidade,
de uma política de educação sem dignidade,
também de uma urbe que sofre de enfermidade,
que é masoquista, tristeza da vil saudade,
que se põe de cócoras e apanha com ferocidade,
que deixou de se impor ao respeito pela facilidade,
olha para isto tudo com apatia e frivolidade,
perante este exército de bárbaros, sente a fragilidade,
é agredida, insultada, violentada, uma anormalidade,
mas ninguém ousa dizer: chega de alarvidade!
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