segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A BAIXA A BOMBAR




 Na última sexta-feira, da semana passada, a Baixa esteve repleta de sons e cores musicais. Apesar de, volta e meia, São Pedro mandar chuva para cima de quem ousava quebrar o silêncio rotineiro das palacianas ruas, mesmo assim, quase uma vintena de agrupamentos deram vida a esta parte da cidade. Sobre o lema “Coimbra a Bombar” e numa iniciativa da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), em parceria com o Conservatório de Música de Coimbra e com a colaboração da edilidade, houve alegria em ondas gigantescas de satisfação.
Foi possível assistir a vários géneros musicais, desde gaiteiros a quartetos de cordas até um quinteto muito especial, o “Grupo Amizade”, formado por cinco idosos moradores nos bairros periféricos da cidade, e que deram vida à Rua Ferreira Borges durante a manhã. Esta formação, constituída pelo António Teles, Maria Isabel, Ludovina Santos e Manuela Brás, faz parte do Centro Comunitário de S. José e sob a égide da Cáritas. Através da alegria, com as suas vozes afinadas, espalhando o canto e o encanto prestam serviço comunitário.
Entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, durante a tarde, centenas de crianças, alunos de várias escolas, e utentes de várias instituições congéneres da APCC, com as suas diferenças mostraram que, sendo a música a maior linguagem universal entre humanos, é possível caminharmos para a inclusão social e, apesar das desigualdades, tornarmos este mundo mais socializado. Pelos seus sorrisos rasgados de contentamento, no ribombar dos seus bombos e outros instrumentos de percussão, deram um colorido diferente num dia que para sempre ficará nas suas memórias. A todos, pela disponibilidade manifestada, a Baixa agradece.

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