Na última sexta-feira, da semana
passada, a Baixa esteve repleta de sons e cores musicais. Apesar de, volta e
meia, São Pedro mandar chuva para cima de quem ousava quebrar o silêncio
rotineiro das palacianas ruas, mesmo assim, quase uma vintena de agrupamentos
deram vida a esta parte da cidade. Sobre o lema “Coimbra a Bombar” e numa iniciativa da Associação de Paralisia
Cerebral de Coimbra (APCC), em parceria com o Conservatório de Música de
Coimbra e com a colaboração da edilidade, houve alegria em ondas gigantescas de
satisfação.
Foi possível assistir a vários
géneros musicais, desde gaiteiros a quartetos de cordas até um quinteto muito
especial, o “Grupo Amizade”, formado
por cinco idosos moradores nos bairros periféricos da cidade, e que deram vida
à Rua Ferreira Borges durante a manhã. Esta formação, constituída pelo António
Teles, Maria Isabel, Ludovina Santos e Manuela Brás, faz parte do Centro
Comunitário de S. José e sob a égide da Cáritas. Através da alegria, com as
suas vozes afinadas, espalhando o canto e o encanto prestam serviço comunitário.
Entre o Largo da Portagem e a
Praça 8 de Maio, durante a tarde, centenas de crianças, alunos de várias
escolas, e utentes de várias instituições congéneres da APCC, com as suas
diferenças mostraram que, sendo a música a maior linguagem universal entre
humanos, é possível caminharmos para a inclusão social e, apesar das
desigualdades, tornarmos este mundo mais socializado. Pelos seus sorrisos
rasgados de contentamento, no ribombar dos seus bombos e outros instrumentos de
percussão, deram um colorido diferente num dia que para sempre ficará nas suas
memórias. A todos, pela disponibilidade manifestada, a Baixa agradece.
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