(Imagem da Web)
UM ABRAÇO
Dá-me um abraço!
Daqueles que
sinto ser um passo,
a passada que
evita que caia no fracasso,
no vazio da
solidão, do nevoeiro baço,
que me enche
a alma de borbulhaço,
me atiça de
alento e dá um tal arrebitaço,
chego a pensar
que o raio do teu enlaço
é algo divino,
me faz forte como o aço,
super-homem feito
um atrevidaço
capaz de me
provocar embaraço,
mas eu quero
lá saber se ameaço?!?
Dá-me um abraço!
Funde as
tuas formas no meu corpaço,
bem sei que
vais sentir um inchaço,
fico assim
quando estou no teu regaço,
deve ser o coração
a avisar que ultrapasso,
e que a partir
dali sou mais um devasso,
em frémito,
sou um pássaro que esvoaço,
um condor em
busca de alimento no sargaço,
uma estrela cintilante que busca o seu espaço,
a onda do teu
mar que corre no teu encalço,
se enrola
com a areia, na praia, o sem vergonhaço.
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