sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DÁ-ME UM ABRAÇO

(Imagem da Web)

UM ABRAÇO

Dá-me um abraço!
Daqueles que sinto ser um passo,
a passada que evita que caia no fracasso,
no vazio da solidão, do nevoeiro baço,
que me enche a alma de borbulhaço,
me atiça de alento e dá um tal arrebitaço,
chego a pensar que o raio do teu enlaço
é algo divino, me faz forte como o aço,
super-homem feito um atrevidaço
capaz de me provocar embaraço,
mas eu quero lá saber se ameaço?!?
Dá-me um abraço!
Funde as tuas formas no meu corpaço,
bem sei que vais sentir um inchaço,
fico assim quando estou no teu regaço,
deve ser o coração a avisar que ultrapasso,
e que a partir dali sou mais um devasso,
em frémito, sou um pássaro que esvoaço,
um condor em busca de alimento no sargaço,
 uma estrela  cintilante que busca o seu espaço,
a onda do teu mar que  corre no teu encalço,
se enrola com a areia, na praia, o sem vergonhaço.



Sem comentários: