UMA NOITE DE LUAR
A noite
está amena,
convida a amar,
a Lua do alto acena
embrulhando-se no mar;
As ondas
beijam a praia
com êxtase e sofreguidão,
nas margens um parzinho ensaia
uma valsa para o coração;
“Abraça-me
e vem-me beijar”,
diz a dama com emoção,
"quero sentir o teu pulsar
junto ao meu coração;
"Confessa…
Confessa…",
repete a mulher enamorada,
"diz que me amas, amor,
que sou a tua alma encantada;
Gosto de
ti, tu bem sabes,
tanto, tanto, que nem descrevo,
tenho medo que me aldrabes,
estou contida, nem me atrevo;
Foste a
luz do meu luar,
o meu sonho de menina,
passo os dias a pensar
se serás uma lamparina;
Agora
que te encontrei,
hesito em te aceitar,
tenho medo do que sei,
o receio de te falhar;
Acabei escrava
da solidão
e de maus-tratos de outrora,
sou a sombra da aflição
sem amplificação sonora;
Falo
pouco tu bem sabes,
sei que sou muito insegura,
espero que não te babes,
mas quero-te muito: ternura!"
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