Ontem, durante a manhã, enviei uma carta, com
aviso de recepção, ao Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Dr. Manuel
Machado, a dar-lhe conta do estado, alegadamente, de alta perigosidade de um
vidro rebentado de enorme dimensão, na Rua Eduardo Coelho.
Pensemos, a carta seguiu ontem,
terça-feira, e, presumivelmente, só será recebida hoje, quarta-feira. Ora, o
que aconteceu? Ontem mesmo, durante a tarde, foi pessoal da edilidade inspecionar
o estado da vidraça e, na hora, colocaram um taipal a impedir o acesso ao
interior do edifício. Quero dizer o quê com este arrazoado? Que desta vez fui
surpreendido pela rapidez. Enaltecemos, Senhor! Não aconteceu o mesmo que em 2006, felizmente. Ou seja, os serviços da
Protecção Civil chegaram, viram e actuaram –ainda que limitadamente, mas fizeram
alguma coisa!- antes da missiva chegar à edilidade. Um espanto! Os venenosos,
agora, que não venham dizer que as coisas nunca funcionam. Mentira! Digo eu.
Está aqui a prova do algodão.
Hoje, quarta-feira, numa espécie
de “olhar, pôr, retirar”, a mando do
proprietário do edifício Millenium BCP, dois operários retiraram o painel que
foi colocado ontem à tarde. Segundo declarações dos mesmos, “fomos mandatados para tentar correr as
grades de protecção -a que ampara o vidro grande e a da porta de entrada. Vamos
tentar corrê-las para impedir o acesso ao interior e evitar o desmoronamento da
vidraça!”
Resumindo, meu caro colega Manuel Machado –já
que somos ambos políticos, Vossa Mercê governador-geral
do burgo, eleito pelo povo, e eu superintendente
do meu largo, sem alguém a eleger-me- está tudo resolvido e não há
questiúnculas, como quem diz ressentimentos. Aparentemente, o caso está solucionado.
Isso é que importa! Para celebrar, como símbolo de paz, quando quiser convidar-me para comer uma bifana e um copo
de três no Mijacão –não sei se
conhece, é uma tradicional casa de pasto na
Baixa onde os humildes como eu (humilde às vezes, para ser sério) almoçam de
vez em quando. Claro que pagará Vossemecê,
já que eu sou um pobrete falido e só tenho chatices pelo meu “cargo” não eleito e não remunerado.
Obrigado camarada!
Post Scriptum:
Amavelmente fui hoje contactado telefonicamente pelo responsável da Protecção
Civil, engenheiro Serra Constantino, a dar-me conta da evolução do problema e,
de certo modo, a lamentar algum tempo que este assunto levou a resolver.
Agradeço-lhe a gentileza.
Tal como lhe referi, e reitero na
crónica, o que interessa é que, sem ressentimentos, está resolvido
a contento de todos. Por isso mesmo, sem vencedores ou vencidos, estamos todos
de parabéns! Bem-haja!
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