Inserido nas “autárquicas 2013”,
ontem passou este “retrato de Coimbra”, no Jornal da Noite da SIC, do
jornalista Nelson Mateus. Sou suspeito na minha apreciação, por ser interveniente na peça, mas para mim está um bom trabalho. Limpo,
descomprometido, visto de cima por alguém que, sentado no ponto mais alto da
cidade, olha para a urbe e para quem cá vive e trabalha e com rigor vislumbra com alguma independência o
melhor e o pior da cidade. É subjectivo? Claro que é. E depois? Em qualquer
trabalho jornalístico a forma de pensar, a experiência empírica de quem escreve
está sempre presente. Mesmo na autonomia requerida pela profissão, a emoção trai
sempre a equidistância. Há sempre um imbricar de opinião entre os olhos do
observador e o objecto observado.
Isto para dizer que, por alguns
ecos que me chegaram, esta crónica sobre Coimbra não agradou a todos. E tinha
de agradar? Não, não tinha. E ainda bem, digo eu. E é possível agradar a todos? Não, não é. No limite
um trabalho público, escrito ou falado, no mínimo terá a presunção, na objectividade, de encantar
uma maioria qualificada quanto mais alargada melhor, mas será utópico conquistar o gosto de
todos.
Parabéns à SIC e, sobretudo, ao jornalista Nelson Mateus.
Sem comentários:
Enviar um comentário