Esta noite, no frio da madrugada, mais duas lojas foram escolhidas pelas cabecinhas pensantes dos amigos do alheio.
Uma delas foi a Alexibel, um estabelecimento de venda de roupa interior para homem e senhora onde o pijama é rei, no antigo espaço dos irmãos Costa, na Rua do Corvo.
Segundo Alexandre Pinto, dono do espaço comercial, “partiram um dos vidros das portas principais e, num completo à vontade, revolveram tudo, abrindo caixas e mais caixas, e levaram o que bem entenderam. Ainda estou a fazer o balanço do que levaram, mas sei que foram largas centenas de euros. Só o vidro da porta importou em 125.00 euros.”
Diz ainda Alexandre que logo de manhã, fez por aí umas investigações particulares e, ao que parece, já sabe quem foi. É pessoal que anda por aí, sem eira nem beira. Teria sido uma rapariga e dois rapazes. Para cúmulo, exaspera-se o empresário, a rapariga andou a tentar vender os artigos na rua. E, pelos vistos, até vendeu um a uma senhora. Não deve ser difícil à polícia chegar aos autores.
O comerciante não tem seguro contra roubos. A ocorrência foi participada à PSP.
APROXIMA-SE A PASSAGEM DE ANO
Como nem só de roupa contra o frio se alimentam meliantes, alegadamente, os mesmos energúmenos, esta mesma madrugada, por arrombamento, assaltaram também a Mercearia Portuguesa, a funcionar na antiga frutaria do Arcindo, que faz gaveto para a Rua das Padeiras e Rua da Gala.
Por se encontrar encerrado, não foi possível falar com Fávio Teixeira, o operador, porventura, também incluído e sacrificado na lista dos que pouco se importam com quem trabalha arduamente para ganhar a vida.
A PSP? VIRAM POR AÍ ALGUM AGENTE?
Como é público, há cerca de dois meses foi escrita uma Carta Aberta ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Dr. José Manuel Silva, na subsequência de vários assaltos contra o património, a relembrar este autarca da necessidade de interceder junto do Comando Distrital da PSP para que esta força policial passe a incluir policiamento a pé. Uns meses antes também tinha entrado na Câmara Municipal de Coimbra um Abaixo-assinado com várias dezenas de subscritores a denunciarem a insegurança pública.
É certo que nos primeiros dias, enquanto durou o efeito espiritual das petições, foram avistados alguns agentes por aqui, mas, tal como já estamos habituados de épocas anteriores, assim que o nevoeiro insurgente se dissipou, da mesma forma, os cívicos também se tornaram invisíveis.
É certo que, para acalmar os ânimos, sempre restam as câmaras de video-vigilãncia, mas, mesmo que os arrombadores sejam presos, quem responde pelos danos causados?
Numa altura destas, em que a vulnerabilidade económica é sistémica, a segurança pública não deveria ser uma preocupação maior por parte das autoridades?
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