quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

MEALHADA: A INSTRUÇÃO




No maior dos segredos, alegadamente, com cerca de meia-centena de testemunhas arroladas, está a decorrer em sede de instrução, com origem em denúncias anónimas, as acusações movidas pelo Ministério Público a Rui Marqueiro, ex-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, a três dos seus antigos vereadores e contra funcionários do município.

Em causa está um processo por alegada regularização ilícita do vínculo contratual do Chefe de Divisão de Comunicação, Eventos e Comunicação, Miguel Gonçalves.

Como está a decorrer a fase de Instrução nada transpira para o exterior da sala de audiências – a Instrução é um pré-julgamento facultativo do processo penal que tem por intenção verificar se há ou não matéria para levar um acusado de um crime a julgamento.

O que se sabe é que, pelos vistos, o assessor de comunicação, farto do nosso leitão e que, quando comido em excesso provoca indigestão, já rumou a Alcácer do Sal, cidade maravilhosa, e segundo maior município português em expansão, banhada pelo Rio Sado e a dois passos da Comporta, está muito feliz com esta nova mudança.

Por conseguinte, tudo indica que a Instrução estará a correr bem aos arguidos, ou seja, (digo eu, embora sem grande convicção) tudo se encaminhará para o não provimento das acusações do Ministério Público.

Não é a primeira vez que escrevo isto: a bem da paz política-partidária no Concelho, espero sinceramente que tudo acabe em bem. É certo que, agora, a decisão está nas mãos de um juiz de instrução, mas é a este magistrado que cabe acabar com a guerra que só mancha e nada dignifica a Mealhada e o seu concelho. Como todos sabem, pelos vistos, estamos a lavrar terreno para semear ainda mais vingança. Ora, como diz o povo, quem semeia ódios colhe tempestades.

Pelo humanismo, pelo espírito cristão de universalidade, ninguém deve ficar contente com a condenação de alguém. Hoje por eles, amanhã por nós. E é tão fácil sentar o traseiro no mocho. Se é!

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