A Feira das Cebolas terminou no domingo
passado, dia 24 de Agosto. Hoje, segunda-feira, primeiro de Setembro, os
inestéticos barracões, como sentinelas a guardar um largo esquecido, lá
permanecem na Praça do Comércio. Para além do estafado argumento de que no âmbito de reconhecimento
de Coimbra Património Mundial é preciso haver um maior cuidado com tudo o que
nos rodeia na paisagística, este abandono raia o incompreensível. Repare-se
que, já por si mesmo, os ditos cujos barracões são mais feiinhos que o raio que os parta. Já há muitos anos que venho a escrever
que esta Feira das Cebolas deveria ser pensada de outro modo e com outra
dinâmica e, sobretudo -por amor da Santa, da padroeira, por
exemplo- aqueles absurdos stands deveriam ser substituídos. É certo que fazem “pendant” com as estruturas dos
vendedores “ambulantes”. Isto é verdade! Mas, se calhar, modificava-se uns e
outros e dava-se outra dignidade à ancestral praça mercantil.
Fixando-me novamente nos casarões, pouco importa
se a propriedade é da Câmara Municipal de Coimbra ou do Grupo Folclórico os Camponeses
de Vila Nova, de Cernache –esta agremiação é a promotora da antiga feira de São
Bartolomeu. Sem ofensa para o responsável agora, os nossos vereadores locais viajam
pouco. As feiras que se realizam na zona da Baixa são repetidas até á exaustão
e há muito que precisam de alterações substanciais. Até agora, só mudaram os
dirigentes. O actual, e se aceitar a sugestão, que saia da Praça 8 de Maio e, por exemplo, vá até Berna, na
Suíça, e verifique como se faz lá a Feira da Cebola. Naquela República Federal
composta por 26 estados, para além de estar dividida por todo o casco histórico,
é um espectáculo de criatividade e arte. Como gosto de participar na cidadania
e calculo que o edil responsável tão depressa não se poderá deslocar ao país
helvético, deixo aqui o endereço electrónico para poder aceder, na Internet, ao
fantástico certame: http://www.nature-jardins.com/bellesimages/zibelem%E4rit_Bern_suisse.pdf.
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