Cerca das 16h00, caiu um beiral de um prédio na
Rua das Azeiteiras. O edifício, onde durante décadas funcionou a mercearia do Humberto, alegadamente, é propriedade da Câmara Municipal de
Coimbra. Salienta-se a grande quantidade de pluviosidade que tem caído nos últimos dias e que, mais que certo, terá contribuído.
Segundo um vizinho que pediu o anonimato, esta
casa vazia, de dois andares e rés-do-chão, oferecendo perigo de derrocada, está
sinalizada há cerca de cinco anos pela Protecção Civil. Pegando nas suas
palavras, “olhe que foi uma sorte as
telhas e as pedras envolvidas em caliça, ao mergulharem no asfalto, não terem
caído em cima de um qualquer transeunte que fosse a passar. Esta área deveria
ser chamada de “zona vermelha de perigo eminente”. Olhe aqui este túnel em
madeira, no Beco das Canivetas! Está assim há quatro anos! Olhe à sua volta. Veja
o estado decrépito destes prédios. Olhe o beiral daquele! A qualquer momento
vem parar ao chão! Você conhece bem esta zona da Baixa e sabe que,
provavelmente, é uma das mais pitorescas deste casario de antanho. Este
desleixo não deveria ser sancionado? E se houver feridos ou mortes? A
negligência grave não é punível no ordenamento penal? Sabe o que lhe digo? Esta
declaração da Unesco, classificando Coimbra de Património Mundial, foi
apressada e em cima do joelho. Foi o que foi!”
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