Durante
mais de um século, as terras de Ceira, Miranda do Corvo, Lousã e
Serpins, foram servidos por comboios a circularem no denominado Ramal
da Lousã.
Segundo
a Wikipédia, esta linha, que ligava a Estação de Coimbra-B,
passando pela de Coimbra-A, até Serpins, foi inaugurada em 18 de
Outubro de 1885. Em 16 de Dezembro de 1906 seria prolongada até à
Lousã. Em 10 de Agosto de 1930 seria aumentada a linha de
caminho-de-ferro até Serpins. Em 04 de Janeiro de 2010, com a
promessa de renovação dos carris e material circulante substituído
por modernas composições, foi encerrada ao tráfego.
Numa
espécie de novela em jeito de tragicomédia, o governo de José
Sócrates -2005/2009/2011-, depois de, concursos e mais concursos
internacionais, veio anunciar que não havia dinheiro para o
projecto. Mas deu para o entretenimento.
Em
02 de Junho de 2017, com pompa e muita circunstância, no Salão
Nobre da Câmara Municipal de Coimbra, em representação da cidade
esteve Manuel Machado. Vindo de Lisboa expressamente para o efeito,
esteve o governante Pedro Marques, Ministro do Planeamento e
Infraestruturas a anunciar o (novo) projecto que substitui a
infraestrutura pesada do carril por pequenos autocarros eléctricos a
rodar sobre pneus, denominado de Metrobus, e para concretizar até
2021.
Como
oradores, estiveram Ana Abrunhosa, presidente da CCDRC, Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, e Carlos Pina, o
presidente do LNEC, Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Ora,
ao que parece, o Orçamento Geral do Estado para 2018 tem uma verba
cabimentada de 10 euros. Por conseguinte, a ser verdade o que se lê nas redes
sociais, mais uma vez, estamos perante uma enorme fraude, uma pouca
vergonha. É certo que ainda faltam quatro anos, até ao final, para realizar o compromisso, mas, perante as notícias, tudo indica que continuam a a fazer de nós parvos. E não nos
deixam muito descansados.
É
certo também que os deputados à Assembleia da República do CDS/PP, há quatro dias,
questionaram a autarquia de Coimbra e o ministro do Planeamento e
Infraestruturas sobre o andamento do sistema de mobilidade do
Mondego. Qual foi a resposta da Câmara Municipal e do Governo? Não
sei. Ainda não li nada!
Estamos
perante mais um embuste?
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