Segundo
publicação na Página da Câmara Municipal de Coimbra (Não Oficial), no Facebook, neste final de Janeiro encerra a “Loja da
Laura”, um estabelecimento muito bonito, muito bem conseguido e
muito bem posicionado na Rua Eduardo Coelho -no antigo espaço da
desaparecida Sapataria Reis- e que tinha por objecto a venda de
calçado para criança.
A
Loja da Laura abriu portas em Setembro de 2016. Com toda a
sinceridade, sendo um projecto agarrado com unhas e dentes pela sua
proprietária, Lídia Faria, uma lutadora que, à sua maneira, tentou
tudo para que desse certo. Infelizmente, tal como tantos outros que
estão na mesma linha de claudicar, não conseguiu. Para a antiga rua
dos sapateiros, para a Baixa, é uma perda com custos irreparáveis
-sempre que se fecha um estabelecimento, para a paisagem envolvente,
é um candeeiro que se apaga. É um pouco de nós que se vai. É um
cravo que se espeta na alma da gente.
Relembro
também que, com final anunciado para 31 deste mês, estão mais três lojas de proximidade para encerrar: a TLX, na Rua Eduardo
Coelho, um grande espaço de comércio de artigos chineses, na Rua
das Padeiras, e a Mango, na Rua Ferreira Borges. Por estes dias encerrou também a Laculote, uma casa de pijamas, na Rua do Corvo.
O
QUE É PRECISO FAZER PARA ACORDAR A CMC?
Estando
a laborar em economia aberta, já todos sabemos que a Câmara
Municipal de Coimbra, através do seu executivo, directamente pouco
pode fazer para impedir uma abertura ou encerramento de
estabelecimentos comerciais, mas, perante esta calamidade, não pode fechar os olhos. Pelo que está acontecer na
Baixa, pela passividade que ofende a dignidade de todos quantos amam
a sua cidade -já para não falar dos que vêem o seu presente ameaçado e o futuro sem esperança-, não se pode aceitar de ânimo leve esta apatia, este
deixa-correr por parte dos políticos da Praça 8 de Maio. É
simplesmente vergonhoso o que está acontecer em Coimbra, à sua zona
histórica. São constatações e paradoxos que não se entendem.
Em
nome de todos os comerciantes que já partiram, dos que partem e os
que estão na fila, é escandaloso, é lamentável, é triste termos
contribuído para eleger autarcas que, pela sua insensibilidade, não
servem para governar a sua cidade.
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