(Fotos de Márcio Ramos)
Hoje, cerca das 9h00, um mini-autocarro "pantufinhas" estancou em frente à Câmara Municipal e nem o facto de uma ambulância pretender
passar para socorrer um doente na zona do Arco da Almedina o fez mudar de
ideias. Tudo indicava tratar-se de um contesto mecânico. Vieram os negociadores, isto é o carro-socorro, e só depois de muitas
festinhas no motor, e, mais que certo, promessas de um futuro melhor, é que a
máquina decidiu ir à sua vidinha. Não se conseguiu saber o que reivindicava a
pequena camioneta de passageiros, mas adivinha-se. É bem possível que seja
qualquer coisa relacionada ou com o chefe da edilidade ou com os SMTUC,
Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra –lembro que já esta
semana também um autocarro dos mesmos serviços estancou na curva da Escola de
São Bartolomeu e, durante bastante tempo não deixou fluir o trânsito.
Coincidência pelo facto de muitos autocarros já serem velhinhos e nem umas
doses duplas de Viagra os fazerem funcionar? É possível, mas, cá para mim,
estamos perante protestos organizados dos autocarros. Se assim não fosse, como
entender que só avariam em pontos-chave e que causam transtornos a terceiros? Não
é este o princípio que subjaz às greves desencadeadas pela sindical CGTP? Não
me admira que o protesto de hoje, do autocarro parado em frente à autarquia, tenha
a ver com uma posição robusta tentando forçar António Costa, do PS, a integrar
no futuro governo o seu correlegionário Manuel Machado, presidente da Câmara
Municipal de Coimbra.
Segundo Márcio Ramos, testemunha ocular, “fosse lá o que fosse, a verdade é que, por
causa da avaria do “pantufinhas”, a ambulância teve de ir dar a volta ao
quarteirão, como quem diz, à Avenida Fernão de Magalhães, e esse tempo
despendido poderia ter sido fatal para a vítima que esperava socorro. Acho que
esta amostra de autocarro “ecovia” deveria ser responsabilizado.”
Sem comentários:
Enviar um comentário