sábado, 28 de novembro de 2015

NO NATAL NÃO HÁ FEIRA DE VELHARIAS




Já aconteceu o mesmo em Janeiro deste ano. Mais uma vez a Feira de Velharias deste Novembro, que se realizou hoje, quarto sábado do mês, na Praça do Comércio teve vários automóveis estacionados no meio do certame durante todo o santo dia.
Era grande a indignação de alguns vendedores com quem falei, um deles, meu conhecido e que faz várias feiras no país, comentou assim: “esta pouca vergonha só se vê aqui! Vocês não têm Polícia Municipal para obrigar estes abusadores a cumprir? Por causa das esplanadas o espaço da feira tem vindo a encolher cada vez mais. Por este andar, qualquer dia já não sobra espaço para ninguém. É uma falta de respeito! Eu venho de Lisboa!”
De facto, e desde há quase uma década para cá, já escrevi várias crónicas sobre o desenvolvimento deste mercado de artigos antigos. Quer no antigo regimeno tempo dos outrora presidentes da edilidade Carlos Encarnação e Barbosa de Melo- quer no actual este importante polo de dinamização da cidade continua ao deus dirá. Desde o primeiro texto, e ainda não havia tantas esplanadas como agora, que defendi que a alegoria deveria ser estendida para os largos e ruas em redor da Praça do Comércio. Se a Câmara Municipal, pelouro da Cultura, continua a abandonar esta festa, qualquer dia acaba por falta de comparência de vendedores.

EM DEZEMBRO NÃO VAI HAVER FEIRA

Com muita revolta à mistura, vários vendedores comentavam a decisão de não se realizar a feira de Natal, que, se houvesse, aconteceria no dia 26 de Dezembro. Ao que parece e segundo alegações, seguindo o exemplo de Aveiro, a edilidade não se disponibilizou a antecipar a data da feira para uma semana antes. Sabendo que, pelo facto de no dia a seguir ao Natal a cidade estar vazia de movimento, seria um mau dia de negócio a maioria de vendedores pronunciou-se no sentido de não comparecer. Resultado: o pelouro da Cultura optou pela não realização. Não é preciso ser muito inteligente para verificar que estamos perante uma burrice, uma aselhice do tamanho da Universidade.

O ESPAÇO VAI SER PAGO?

Segundo o que consegui perceber, depois de um inquérito aos expositores e de algumas alterações, tudo indica que esta Feira de Velharias vai deixar de ser franca, isto é, seguindo o exemplo de praticamente todas as cidades, a partir do próximo ano, todos vendedores pagarão em função do espaço ocupado. E está errada esta opção camarária? Quanto a mim está correcta… com um porém. É preciso que parte da verba cobrada seja investida na promoção do certame, como publicidade, por exemplo. Quando em outras cidades vemos faixas nas estradas a anunciar os eventos, em Coimbra nunca se faz nada. Parte-se do pressuposto de que todos sabem.


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