Mau, mau! Até agora, pela lista distribuída pela
imprensa, só um ministro -ou melhor, ministra, Maria Manuela Leitão Marques- cá
do reino da paroleira, como quem diz, Coimbra, cidade de estudantes, faz parte e
teve lugar no rol político. É pouco! Muito pouco! Pouquíssimo! Já vi que inicia
mal a caminhada, Senhor António! Entra com o pé esquerdo –embora se entenda a
posição tendo em vista o executivo e a maioria que o apoia. Mas deveria ser com
o direito. Desculpe lá! Até já me coloco do lado do senhor professor Cavaco
Silva nas reticências, carago.
Começamos mal, Senhor Costa! No mínimo e para
emendar a mão, e isto para eu não começar já com uma moção de rejeição a este
governo, leve para secretário de Estado dos transportes Manuel Machado, o
presidente da Câmara Municipal de Coimbra. Posso garantir-lhe que, apesar de não
irmos à bola ou à missa um com o outro, a cidade, o novo governo e o País,
todos, ficam a ganhar. Para não pensar, Senhor António –desculpe, deveria tratá-lo
por Senhor Primeiro-ministro mas faça o favor de ter calma que ainda não fez o
juramento-, que estou a brincar com coisas sérias vou ser mais claro. Se levar
o Senhor Manuel para Lisboa, para um cargo de decisão nacional, escreva aí,
Senhor Costa, que vamos ter comboio sobre carris desde Coimbra até Serpins. Não
pense que ao deixarmos ir embora o nosso “presedente”
que não nos causa incomensurável dor. Nunca mais iremos ter a construção de uma
rotunda nem um alargamento de passeio. Nunca mais vamos ter um licenciamento
para uma nova grande superfície comercial que, juntamente com as existentes, fazem
tanta falta ao comércio tradicional da urbe. A começar por mim, vai ser um rio
de lágrimas e nem sei se não irá provocar um dilúvio aqui na Baixa –já pode
vossemecê imaginar o que vai acontecer. Estou em crer que vai ser um manto de
solidão colectiva, que vai estimular depressões, e muito maior do que quando
Encarnação, há cinco anos, anunciou que ia abdicar para o seu vice, na altura,
Barbosa de Melo. Fica a saber que é pelo nosso desligamento e orgulho em servir
a Pátria que deixamos ir embora o “nosso
primeiro”. Faça isso! Vá lá!
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