Bolas!, eu sei que isto é vaidade, mas não
posso fazer nada! O desejo de mostrar é mais forte! Fui eu que compus a música
e letra e isso, para mim que sou um músico frustrado –no sentido de que não
pude estudar para ser em tempo útil e desenvolver o meu talento-, dá-me um
orgulho danado. Entre dezenas e dezenas de composições, esta é talvez a que me
dá mais prazer tocar e cantar. É linda, linda… para viver, ainda que fale da
morte.
Obrigado ao Armando, ao Emanuel, à Celeste, ao
Paolo, ao Lourenço, ao Gastão, ao Luís e que todos juntos comigo formaram a
denominada Orquestra de Músicos de Coimbra.
Um obrigado muito especial para Emília
Martins, presidente da Orquestra Clássica do Centro, que sem a sua prestimosa
ajuda desinteressada nada disto teria sido possível.
Um obrigado ao Alex Ramos que, sem qualquer orientação minha para o conteúdo, realizou este
vídeo e que estoicamente continua a aturar-me.
Bem-haja a todos.
PROFECIA
Quando eu morrer, qualquer dia,
não quero gente a chorar,
quero sentir alegria,
de ninguém se lamentar;
Quero uma grande festa,
com cantares que eu cantei,
quero partir desta,
da mesma forma que entrei;
Quero um bolo muito grande,
vinho tinto a jorrar,
quero ter gente feliz,
para me acompanhar;
A vida é uma passagem,
entre o nascimento e a morte,
é um vento, é uma aragem,
um virar de página, um corte;
Para tristeza já me basta,
a vida que eu levei,
agora que já estou livre,
quero dar o que não dei.
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