(Imagem da Web)
Escrevi
esta amostra de poema em 20 de Novembro de 2010. Achei que não parecia mal de
todo recordá-lo. Ao estar a auto-citar-me, só posso estar carente. É o que é!
ABRAÇA-ME E BEIJA-ME
Se eu
pudesse te escrever ou falar,
mostrar-te esta pontada negra no peito,
talvez conseguisse, quem sabe, abafar
este grito selvagem, tão insuspeito,
que me faz andar em círculo, alternar,
entre a dor, de sofrimento, e o despeito,
não consigo perceber nem alimentar
este vazio corroído, esta falta de respeito,
fizeste-me calcorrear sendas, acreditar,
que eu era único, original, um bom sujeito,
digno, que lutasse sempre para acrescentar,
continuadamente a rolar sem desaproveito,
incentivaste, disseste para eu trabalhar,
para produzir, que gozaria o meu direito,
e eu laborei, sempre fui fiel sem te acusar,
cansado, suado, deitava-me contigo no leito,
almas gémeas, dormíamos até ao despertar,
tinha pesadelos, meu sono nunca foi perfeito,
queria esquecer, para te apagar do meu pensar,
mas qual quê, durante o dia foste o meu conceito,
estou apaixonado por ti, meu reverso, sem duvidar,
não me deixes, meu bijout lunar, meu confeito,
se partires, leva-me contigo, meu penar,
abraça-me, enrosca-te a mim, sem preconceito,
não me troques por outro, não me faças chorar,
faz de mim o teu escravo, de todos, o teu eleito,
amor do meu coração, lua do meu olhar,
mira-me fundo nos olhos, vê que estou desfeito,
minha alma está arrasada, seca de tanto sangrar,
adoro-te querida, e com tudo o que és te aceito,
minha amante, ADORADA CRISE, quero te beijar!
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