Márcio
Ramos deixou um novo comentário na sua mensagem "Estão
a matar a Feira de Velharias (2)":
Antes
de mais seria um erro monumental tirar a Feira de Velharias da Praça
do Comércio, mesmo que fosse para o Terreiro da Erva. Fazer isto,
seria o mesmo que alterar o percurso da Queima das Fitas, ou, por
exemplo, das procissões da padroeira. É já uma tradição nesta
cidade. Acho sim que devem ser feitos alguns reparos, que a meu ver
mudariam por completo esta praça centenária.
O
Terreiro da Erva devolveu à cidade um espaço que outrora era
preenchido por estacionamento. Hoje quem lá vai vê apenas alguns carros de moradores parados em sítio identificado para o efeito. A delimitar o terreiro, até nas entradas, como na Sofia, há
pilares que podem descer a fim de deixar passar uma
ambulância.
Agora pergunto: com
tantas obras a decorrer na cidade, não haverá uns tostões para
colocar uns pilaretes de ferro junto da igreja de São Bartolomeu, a fim
de evitar o estacionamento abusivo? Seria uma solução simples e
fácil de realizar.
Outra
questão, as esplanadas. Será que é mesmo preciso ocupar mais de
metade da praça com mesas e cadeiras? Encurtar o espaço ocupado, sobretudo nos dias em que se realizem eventos, não seria mais sensato? E não são muitos, relembro a Feira das Cebolas, de Velharias, e
da Passagem de Ano Novo. Não poderiam estes comerciantes serem
alertados para colocarem apenas metade da explanada nestes dias? Assim a feira
iria crescer um pouco. Bem sei que os hoteleiros pagam a área por si ocupada a peso de ouro, mas cabe à autarquia harmonizar os interesses das partes.
Como
já disse no inicio não acho que a Feira das Velharias deva mudar de
sítio. Primeiro, está num local central da cidade, onde passam
muitas pessoas. Depois, dá um pouco de alegria ao coração da Baixa, e que, retirando o turismo, está muito desertificada, com poucos moradores. Depois, por que já está gravada na memória de muitos compradores.
Não seria sensato mudar de local.
A meu ver, a câmara
deveria investir nesta e noutras feiras, anunciando a sua realização
nos jornais e rádios locais, nas redes sociais. Por outro lado, nem que começasse a cobrar, deveria dar às pessoas que vão lá fazer o seu comércio melhores condições. É verdade que às vezes o tempo não ajuda, mas terá de
se fazer alguma coisa. Também não entendo a razão de não haver
policia, quer fosse por causa do estacionamento, quer fosse para
proteger os comerciantes e os visitantes.
Outra
questão. Nas vastas feiras que se fazem nesta cidade noto uma coisa:
são todas muito iguais e pouco se distinguem entre si. Realiza-se em
Coimbra um certame que atrai milhares de pessoas e só se realiza uma
vez por ano, a Feira Medieval, no Largo da Sé Velha. Por que não
realizar, durante o ano, outros eventos parecidos e na linha do
antigo. Este género de alegorias trazem consigo muita animação. E
a propósito: por que não há a participação de grupos alegóricos?
Ou até teatro de rua, gaiteiros, performers? Por exemplo.
Andam agora a
requalificar certos pontos da cidade, como o parque de estacionamento
junto ao Estádio Universitário. Pergunto, quando vai ser
requalificada a Praça do Comércio, retirando de vez os automóveis?
Quando é que este largo volta a recuperar o brilho de outros tempos?
Ou será que há interesse em deixar ficar tudo como esta? A bem do
interesse egoísta de alguns moradores e comerciantes acaba-se com a
tradição e desfigura-se uma praça magnifica?
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