Promovida
pela APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, e CMC,
Câmara Municipal de Coimbra, realizou-se ontem, no auditório da
Escola da Noite, no Teatro da Cerca de São Bernardo, a conferência
seguida de debate sobre o lema “A visão do Guia Interprete
para uma Cidade Património da Humanidade".
O painel era constituído por representantes das entidades que são
responsáveis pelo turismo na cidade. Ou seja, são estas
organizações que respondem perante os cidadãos -operadores
comerciais e outros privados- pela forma como “vendem” a
cidade ao visitante e detém o poder de, no caso não desempenharem
bem a sua função, alterar o situacionismo e fazerem melhor.
Logo
a abrir, no púlpito estavam sentados Vitor Marques, em representação
da APBC, Paulo Cosme, secretário-geral do SNATTI, Sindicato Nacional
da Actividade Turística, Tradutores, Intérpretes e Guias
Turísticos, Maria José Fernandes, guia turística, Luís Filipe
Menezes, vice-reitor da Universidade de Coimbra, Marli Monteiro,
Turismo Centro de Portugal, e Carina Gomes, vereadora da Cultura e em
representação da Câmara Municipal de Coimbra.
UMA
DECLARAÇÃO PRÉVIA EM JUIZO DE VALOR
O
que assisti ontem no espaço da Escola da Noite foi demasiado mau
para conseguir admitir ser verdade. O que vi foram tecnocratas -para
não lhes chamar pior- cheios de apriorismos, pré-conceitos, sobre a
cidade, desconhecimento total sobre o que se passa em Coimbra. E,
para meu desespero -que deixei bem sublinhado na sala-, são estas
pessoas representantes de organismos que trabalham todos os dias com
turistas e mostram a cidade a quem nos visita (deveriam mostrar). Uma
nulidade de agentes, velhos mais idosos do que eu -como lhes chamei
cara-a-cara. Se a APBC, na pessoa do seu presidente Vitor Marques, e
a Câmara Municipal de Coimbra, na pessoa da vereadora Carina Gomes,
não fossem apenas e só instituições políticas -não no interesse
da polis mas na vantagem pessoal e partidária- tinham
obrigação de, no mínimo, pedir às agremiações a que pertencem estes personagens estranhos a sua demissão imediata nestas funções de representação.
Embora,
na primeira parte, gostasse do desempenho da vereadora, para o final
acabou a juntar-se à restante molhe disfuncional. Enquanto
anfitriões, quer Carina Gomes, a vereadora, quer Vitor Marques, da
APBC, tinham obrigação ética e moral de repudiar com veemência as asneiras, o
desconhecimento e os insultos à Lusa Atenas que foram verberados
naquele auditório. Mas não, como deputados na Assembleia da
República, que no fim de uma contenda vão beber uns copos,
preferiram engolir o enxovalho.
Não
admira, portanto, que o turismo na cidade vá continuar “viciado”.
Não me causa surpresa que tudo vá continuar igual, nomeadamente o
triângulo Largo da Portagem/Almedina/Universidade e a Rua da Sofia
sem turistas -mas os comerciantes e hoteleiros desta antiga rua da
sabedoria têm o que merecem. Ontem, neste importantíssimo debate
estiveram presentes uma dúzia de pessoas ligadas à hotelaria,
cafés, hotéis e alojamento local -nem um da Rua da Sofia- e quatro
comerciantes. Repito, uma dúzia de hoteleiros e quatro comerciantes.
No total na sala estiveram cerca de quarenta pessoas, a maioria
estudantes de turismo e guias e o restante era constituído por
jornalistas.
Na
parte que me toca deixo já um veredicto: quase certo, foi a última
vez que participo numa fantochada deste género. Irrito-me facilmente
com a hipocrisia generalizada e não estou para perder tempo com
gente, sem auto-estima, que se deixa ultrajar em nome de interesses
mesquinhos, que se alheia e não participa, que não defende o que é
seu. Para mim, chega! É isto que querem para a cidade? Que faça bom
proveito a todos -aos comerciantes, aos hoteleiros que não
compareceram, às entidades que ali estiveram (mal) representadas.
Para
melhor aferir o que disseram as seis “almas” perdidas vou
transcrever o essencial dos seus discursos anedóticos. Peço
paciência para lerem. Se possível, repitam a leitura. Esta crónica
pretende ser um documento para os vindouros, uma prova irrefutável
de que estamos no ponto nem de retorno nem de avanço, no limbo
existencial, por que poucos se importam com o que está acontecer. A maioria prefere mandar desabafos
nas redes sociais do que dizer cara-a-cara o que estes incompetentes
merecem ouvir.
E
ABRE-SE O PANO
Pelas
18h10 -com apenas dez minutos de tolerância depois da hora-,
enquanto anfitrião, Vitor Marques, levantando-se da mesa, apresentou
e agradeceu a vinda dos ilustres convidados.
Seguidamente tomou a
palavra Filipe Menezes, vice reitor da Universidade de Coimbra.
Vamos ouvir Filipe
Menezes: “É muito importante para todos nós conhecer a
cidade. Vim a pé e tentei tomar um café pouco antes das 18h00 na
Rua da Sofia: estava tudo fechado. É preciso receber bem as pessoas
e saber contar bem a história da cidade. Os comerciantes podem ter
uma loja cheia de coisas e o turista não gostar de nada. Nunca
sabemos o que o turista quer. O comerciante deve saber o que o
turista quer. Em 2013 tivemos 190 mil turistas a visitar a
Universidade. Em 2016 vamos ter 450 mil visitantes. Isto é o
resultado de ter uma equipa que se dedica ao turismo.”
Juízo crítico desta
intervenção:
O
senhor vice-reitor, ao ser juiz em causa própria -isto é, auto-elogiando o seu desempenho- está a dar um mau contributo para o
que é necessário alterar. Por outro lado, embarcando no
facilitismo, está a ser incorrecto na apreciação global da Rua da
Sofia. É isto que entende por contar bem a história da cidade? À
hora a que passou, o Penta, café e pastelaria, estava aberto. Quando
questionado por mim, para esta inverdade, disse que era uma forma de
apresentar o problema. Estranha forma, digo eu. Realmente, é mais
fácil passar a culpa para os outros. (Deixo-lhe aqui, senhor
Menezes, um manguito!)
OUTRA
PALESTRANTE
Seguidamente
usou da palavra Maria José Fernandes, guia turística. Vamos ouvir a Maria
José: “A cidade não vive só da Universidade. Estamos a
lidar com visitantes de uma faixa etária muito alta. Nós sabemos
que a Biblioteca (Joanina) está muito limitada ao número de
pessoas. Estamos a ser despejados na zona do Astória (Hotel). Somos
advertidos pela polícia para fluir o trânsito. Queremos tentar
deixar o local de paragem do Astória mas não é possível. Tento ir
ver as Repúblicas (de estudantes). As Ruas da Matemática e de São
Salvador e outras não estão em boas condições. A calçada não
está em boa condição. Também as Escadas de Quebra Costas estão
com os degraus cada vez mais gastos. O problema do estacionamento
junto da Sé Velha (da catedral). O problema dos bares; é vidros no
chão, é o cheiro a urina. Na Baixa consegue-se apreciar a louça de
Coimbra. Mas depois só vemos lojas da cortiça (a vender). Quer-se
uma coisa diferente, um lençol de linho, e não há. Falta
criatividade ao comércio. A má condição dos prédios. Por que não
criar alojamento para os estudantes? Por que não criar casas de
habitação para jovens? Em Aveiro vemos o trabalho de Vhils, na arte
urbana.”
Juízo
crítico desta oradora:
Mais uma
vez, pelas suas palavras, se mostra que esta senhora, guia turístico,
conhece mal a cidade e não sabe o que está acontecer. Há muito que
a Baixa está com alojamento para estudantes. Por outro lado, sejamos
justos, agora, estão a ser desenvolvidas políticas para restaurar e
desenvolver a habitação a custos controlados. Preferiu enveredar
nos clichés habituais: a cidade está suja, as ruas estão com a
calçada em mau estado, o estacionamento é caótico. Que um
residente diga isto, admite-se -aliás é trabalho de cidadania
levantar os problemas no seu bairro- já um guia, enquanto vendedor
de um produto, não pode ser tomado de apriorismos nem dizer mal do
artigo que vende. Uma lástima, o discurso desta senhora. (Deixo-lhe
também, senhora guia turística, um manguito).
OUTRO
ARGUENTE
Puxou o
micro o senhor Paulo Cosme, secretário-geral do Sindicato de Guias e
Intérpretes. Vamos ouvir: “Os turistas estão em Coimbra
duas noites. Têm medo de andar à noite. Coimbra tem falta de
espaços de diversão. Antigamente havia os restaurantes Dom Pedro e
das Piscinas. Este ano até encerrou um restaurante na Baixa. E só
isto! Logicamente que gosto muito de Coimbra. Gosto de ir a um local
todos os dias -por exemplo, tomar um café- e que o senhor(a) me
cumprimente. Gosto de vir a Coimbra e entrar no Café Santa Cruz
-e aponta para Vitor Marques. Acho que ainda se está num
processo de melhoramento. Não se deve repetir tudo (o que
tem sucesso). Se eu quiser comprar uma imagem da
Rainha Santa? Não encontro! Só encontro artigos “made in China”.
Juízo crítico desta dissertação:
Mais uma
vez se constata que este senhor não sabe o que diz. Sendo
secretário-geral de uma instituição, deveria primar pela verdade.
E o melhor é vir cá -disse-lhe isto, aliás fiz o mesmo a
todos. Sem conhecimento de uma área que se pretende ser valorizada e
que justifica o seu próprio ganha-pão -acho que não, deve ser
antes a função sindical-, como é que se pode conceber uma ignorância disfuncional desta envergadura? O índice de
criminalidade na cidade, felizmente, -que o digam as polícias- é
extremamente baixo. Não encerrou nenhum restaurante na Baixa este
ano -quando questionado por mim, não respondeu. Coimbra não tem
falta de espaços de diversão. Só um anedota pode afirmar uma
aberração destas. (Deixo-lhe também um manguito, senhor Cosmo).
OUTRA
ORADORA
Puxou da
palavra a senhora Marli Monteiro, em representação da Turismo Centro
Portugal. Faça o favor de falar, dona Marli: “O que me fez
vir foi o enorme respeito pela Universidade. É de lhe bater palmas
pelo bom serviço que se faz em Coimbra pelo turismo. Gostaria de ver
uma plateia cheia. Estou farta de ouvir sempre os mesmos clichés. Em
1983 a cidade tinha poucos hotéis. Estava entregue a gente que só
tinha a lembrança dos restaurantes Dom Pedro e Piscinas. O mundo
Mudou. Há muitas empresas “low-cost” a trabalhar para o turismo.
O meu trabalho é de produção externa. Eu tenho de ter uma Baixa da
cidade preocupada com a limpeza, e sobretudo a Câmara Municipal. Há
ruas na cidade que eu não levo turistas, porque está tudo sujo. Eu
vivo (habito) numa rua próximo do Hospital (endereço
substituído para não localizar). Como é que podemos ganhar
dinheiro com os turistas? Não faço compras na Baixa. Também não
faço nos centro comerciais. É tudo igual! Tudo do mesmo! Onde está
o comércio da cidade? Onde fazem compras as pessoas da cidade? Façam
um mapa comercial. Há um certo sentido de repetição. Não há
paciência para tanta monotonia, para tanta cortiça. Preciso de
gente privada que tome conta da cidade. Não tenho paciência para
ouvir falar do xixi. No comércio o que é preciso é que ele seja
modernizado. É preciso diferenciar. São precisas livrarias, lojas
de design, degustação de vinhos. Uma grande empresa, que se queria
instalar em Coimbra com uma loja, não veio porque encontrou uma
cidade suja, porca. O Café Santa Cruz é um café histórico. É
preciso o agir da CMC. Agora temos uma cidade cheia de hotéis. A
Uber chegou! A cidade de Coimbra não é só Universidade! É preciso
limpar os caixotes do lixo e limpar a cidade. Porque é que os
turistas não compram aqui? Porque estritamente não encontram cá o
que procuram.”
Juízo crítico desta oração de estupidez
Utilizando
as suas próprias palavras, não há paciência humana para ouvir
tantos disparates. Num universo de cerca de cinco centenas de
operadores, na Baixa e na Alta, há pouco mais do que uma dúzia de
comerciantes dedicados a este tipo de negócio. É uma falácia a recorrência a esta frase-feita. Perguntei-lhe onde, afinal, fazia as suas
compras. Se não as fazia na Baixa nem nos centros comerciais, onde
ia? Não me respondeu. Convidei-a também a abrir uma loja de
comércio na Baixa. Com tanta sabedoria acumulada, inevitavelmente,
está fadada ao sucesso! (Para esta senhora também um enorme
manguito)
E FALOU A VEREADORA
Tem a
palavra a senhora vereadora da autarquia: “Duas ou três
notas breves. Eu compro na Baixa. A cidade está longe de ser
perfeita. Há muito para fazer, mas está muito melhor do que há uns
anos. Todos os dias temos vindo a constatar melhorias no espaço
público -veja-se o Terreiro da Erva. Eu não tenho esta visão
trágica da cidade, embora tenhamos muito para fazer.”
Nota crítica desta intervenção:
Aqui, nesta
sua primeira intervenção, gostei -e disso, ali, lhe dei conta.
Perante tanta mediocridade esplanada naquela mesa, salvou-se a sua
argumentação. Já no encerramento do debate, a meu ver, deixou
muito a desejar. Enquanto anfitriã, deveria ter protestado
publicamente contra as asneiras proferidas pelo painel. Não o fez,
preferindo os beijinhos e abraços, e foi pena.
Foi pena também, no remate final, ter-se dirigido ao público, em
apelo, e ter pedido que todos os munícipes não partilhem nas redes
sociais -na página da Câmara Municipal de Coimbra (Não Oficial) e
outras- uma visão negativa da cidade. Disse mesmo: “não
digam mal da cidade nas redes sociais!”. Bem sei que,
enquanto “profissional” política, lhe dava jeito, senhora
vereadora. Mas temos pena! Contrariamente ao que pensa, o que é
preciso é que, em nome da cidadania activa, o colectivo, no seu todo
individual, participe na gestão da sua cidade e obrigue as
instituições, como a sua, a intervir com eficácia para melhorar o
que está mal. Há porém um pormenor, que não é de somenos:
sejamos justos na apreciação. Atribua-se a cada um o que é seu.
Elogie-se quando é preciso e o contrário também.
TEXTOS RELACCIONADOS
"Um vulcão chamado Baixa"
"Um turismo embrulhado em teias"
"Um turismo viciado"
"Coimbra vista por um casal de brasileiros"
"Baixa: uma oportunidade perdida"
"Baixa: a noite tem muitos lugares vazios"
"Editorial: aguentar a Baixa como?"
TEXTOS RELACCIONADOS
"Um vulcão chamado Baixa"
"Um turismo embrulhado em teias"
"Um turismo que sofre de raquitismo"
"A maestrina turística""Um turismo viciado"
"Coimbra vista por um casal de brasileiros"
"Baixa: uma oportunidade perdida"
"Baixa: a noite tem muitos lugares vazios"
"Editorial: aguentar a Baixa como?"
3 comentários:
Senhor Luis Fernandes,
Não entendi bem a sua indignação. Eu acho que as suas reclamações deveriam dirigir-se em primeiro lugar aos seus colegas, os tais que nem compareceram, e à câmara municipal. Porque toda a gente sabe que turista se concentra sobretudo no eixo Visconde da Luz - Ferreira Borges, onde os grandes potentados comerciais são mesmo as lojas da cortiça e dos paninhos com galos de barcelos. Não devemos conhecer a mesma Baixa. Andamos há dezenas de anos à espera da revitalização e a única coisa que eu vi até agora concluído foi o arranjo do Terreiro da Erva. Também é muito fácil mandar os outros investir. A ser assim, eu nem poderia abrir a boca. Tenho pena que pense assim, até porque, como sabe, a sua loja é das poucas coisas interessantes da baixinha. O resto, com poucas excepções, são montras que já nem numa aldeia se mostram. Mas isto tudo deve ser culpa dos guias turísticos.
Sr. Luis Fernandes,
O que li, entre manguitos, foram excertos de intervenções seguidos de uma crítica despida de qualquer valor acrescentado à questão em causa.
Fazendo fé neste seu relato, espero, verdadeiramente, que não tenha sido este o contributo que tenha dado ao debate, caso contrário sou obrigado a dizer-lhe que sim, para a próxima, não vá.
Por partes:
A 1ª crítica focou-se no facto de que, ao contrário do que o Sr. F.M. disse, afinal havia um (pasme-se), um café aberto na Rua da Sofia, num sábado(!) às 18h(!). Fantástico. Foi este o seu argumento para carinhosamente deixar-lhe um manguito. Genial.
MJF, G.I.
Permita-me, o nome da profissão é Guia Intérprete e não guia turística. Guia turístico é um livro.
A sua crítica: "Preferiu enveredar nos clichés habituais: a cidade está suja…
Já pensou que estando um GI em contacto directo com centenas de turistas, as queixas feitas tenham por base as próprias queixas dos turistas?! Será que só a um residente é permitido queixar-se? Não me parece.
Adjectivar de clichés situações reais como a sujidade nas ruas é, mais uma vez, de génio.
Diz o Sr. L.F. que "enquanto vendedor de um produto (GI), não pode ser tomado de apriorismos nem dizer mal do artigo que vende."
Não estou a ver nenhum GI queixar-se ao turista da sujidade nas ruas. O máximo que pode acontecer é, ao explicar ao turista a história da cidade, disfarçadamente e envergonhadamente arrumar com o pé uma qualquer garrafa ou saco do lixo presente no na rua.
À oradora: para a próxima vez que um turista se queixe do cheiro nauseabundo que habita nalgumas ruas, diga apenas: “por favor, isso é um cliché.” Não faça é manguito.
P.C.
Achei curioso não ter feito nenhuma alusão ao comentário do senhor P.C. relativo às imagens da Rainha Santa.
Existem ou não? Um turista compra uma imagem da Rainha Santa (apenas a Santa Padroeira da cidade) com a facilidade que compra uma peça de cortiça? Não. Mas para o Sr. L.F. não é um problema. Pelo menos não ao ponto de merecer um manguito.
M.M.
Oradora diz: "Uma grande empresa, que se queria instalar em Coimbra com uma loja, não veio porque encontrou uma cidade suja, porca."
Não se compreende. Será que a empresa não sabe que a sujidade na cidade é um cliché? Faz parte do encanto turístico, lembra a Idade Média, onde a limpeza não abundava. Falta de visão.
"Há ruas na cidade que eu não levo turistas, porque está tudo sujo. Eu vivo numa rua próximo do Hospital. Como é que podemos ganhar dinheiro com os turistas?"
Enquanto residente tem todo o direito em queixar-se. Enquanto guia intérprete não.
"Façam um mapa comercial. Há um certo sentido de repetição(...)São precisas livrarias, lojas de design, degustação de vinhos."
Para o Sr. L.F., estas não são ideias válidas. Diversificar, ir ao encontro do turista, isso não. Manguito para estas ideias.
Concordo com a Sra. Vereadora. Em tudo. Nomeadamente na parte em que diz que continua muito por fazer.
Já o Sr. L.F. discorda da parte em que, de forma cordial e civilizada, esta se despede dos intervenientes com beijos e abraços ao invés de "chapadas" e "pontapés" por terem tido a ousadia de exporem publicamente as suas ideias, claramente não do seu agrado.
Discorda também do facto de a V. ter pedido aos presentes para não falarem mal da cidade nas redes sociais.
Concordo. Em que termos? Tal como um GI deve vender bem o produto, o cidadão, não obstante o seu dever cívico de reclamar qd necessário, deve fazê-lo, neste caso nas redes sociais, de forma cívica, construtiva e em termos apropriados. Tal como os GI, as redes sociais também vendem o produto.
Este comentário tem por base o texto publicado neste blog.
Quero acreditar, que o Sr. L.F. no debate tenha feito propostas, dado o seu ponto de vista, o que deve ser feito para que a cidade evolua.
Se se limitou a expressar o que este texto espelha: lamento, mas indignados e desesperados já há uns quantos.
Boa tarde,
Espero não ofender ninguém com a minha humilde opinião no meio de gentes tão academicamente bem formadas e por estatísticas mais tiradas que a prova dos nove mas cá vai.
Caros doutores e doutoras e afins, Coimbra não vive só de turismo, universidade, hospitais e galos de Barcelos. Não que tenha nada contra os bichos, antes pelo contrário que também tenho na minha cozinha.
Se as senhoras não se vestem na baixa de Coimbra, nem aos seus maridos, a culpa é inteiramente vossa pois deixaram sair de cá grandes comércios e continuam a brincar ao turismo de uma só rua ignorando por completo todo um património existente na NOSSA cidade.
Façam o vosso trabalho e tragam comércio que "encha o olho" a quem vem comprar porque de "pão e circo" nós não vivemos!
Reabilitem prédios e peçam rendas decentes e não de shopping!
Jovens empreendedores, só de nome e já nem jovens somos considerados pois com quase 40 anos já acham que sou velha...o TANAS!!! Estou cá para ver e vencer assim me ajudem e se precisarem da minha ajuda é só dizerem.
Não me venham é cá com tretas do turismo, porque BAIXA é muito mais que turismo baixa é sinónimo de COMÉRCIO.
Ganha pão de muita gente...
Caros senhores tragam comércio, novas loja, novas marcas, roupa, calçado, negócios, empresas de renome... ACORDEM!!!!PORRA!!!!
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