segunda-feira, 8 de agosto de 2016

BAIXA: UMA NO CRAVO E OUTRA NA FERRADURA




Na semana passada, o abandonado lago do esquecimento, no Largo do Poço, como por milagre divino, apareceu “vivinho da silva” a jorrar água em jacto, como fora até há vários anos, e rodeado com uns pilaretes em aço. Se a ideia de colocar pilares em chapa , pelos custos de manutenção, não será o melhor plano, pela intenção, os serviços da autarquia merecem uma salva de palmas, já que o espaço emblemático da Baixa passou a ter mais dignidade.

MAU, MAU! DEPOIS DE UM ELOGIO, O QUE É QUE VEM A SEGUIR?

Nos últimos dez anos, se a memória não me atraiçoa, numa espécie de escrever na água, fui sempre chamando a atenção para os inestéticos barracões que, como castigo divino, a organização da Feira das Cebolas teima em colocar na Praça do Comércio, um histórico espaço no coração do Centro Histórico da cidade. Saliento que é uma organização do Rancho Folclórico “Os Camponeses de Vila Nova”, Cernache, e com o apoio merecido da Câmara Municipal de Coimbra, através do pelouro da Cultura.
Anualmente, no mês de Agosto, no pico do turismo que nos visita, faz algum sentido continuar a apresentar aquele quadro de ambiente degradado nos meios de apoio ao certame? Até se compreende que o Rancho Folclórico não tenha possibilidade de apresentar melhor, mas e a edilidade não terá algo mais bem-parecido nos seus armazéns?
Como se vê, pelo perpetuar no tempo, não vale a pena esperar por outro executivo de outra cor partidária. O problema é sempre o mesmo. Os que estão lêem na cartilha dos anteriores. Por isso mesmo, a perder a fé nos homens -refiro que, no caso, é mulher, a vereadora da Cultura- viro-me para o transcendente e ergo as mãos aos céus, como quem diz, para a Rainha Santa. Quem sabe a Padroeira não ilumine estas cabecinhas pensadoras?

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