Na
semana passada, o abandonado lago do esquecimento, no Largo do Poço,
como por milagre divino, apareceu “vivinho da silva” a jorrar
água em jacto, como fora até há vários anos, e rodeado com uns
pilaretes em aço. Se a ideia de colocar pilares em chapa , pelos
custos de manutenção, não será o melhor plano, pela intenção,
os serviços da autarquia merecem uma salva de palmas, já que o
espaço emblemático da Baixa passou a ter mais dignidade.
MAU, MAU! DEPOIS DE UM
ELOGIO, O QUE É QUE VEM A SEGUIR?
Nos
últimos dez anos, se a memória não me atraiçoa, numa espécie de
escrever na água, fui sempre chamando a atenção para os
inestéticos barracões que, como castigo divino, a organização da
Feira das Cebolas teima em colocar na Praça do Comércio, um histórico espaço no coração do Centro Histórico da cidade. Saliento
que é uma organização do Rancho Folclórico “Os Camponeses de
Vila Nova”, Cernache, e com o apoio merecido da Câmara Municipal
de Coimbra, através do pelouro da Cultura.
Anualmente, no mês de
Agosto, no pico do turismo que nos visita, faz algum sentido
continuar a apresentar aquele quadro de ambiente degradado nos meios de
apoio ao certame? Até se compreende que o Rancho Folclórico não
tenha possibilidade de apresentar melhor, mas e a edilidade não terá
algo mais bem-parecido nos seus armazéns?
Como se vê, pelo
perpetuar no tempo, não vale a pena esperar por outro executivo de
outra cor partidária. O problema é sempre o mesmo. Os que estão
lêem na cartilha dos anteriores. Por isso mesmo, a perder a fé nos
homens -refiro que, no caso, é mulher, a vereadora da Cultura-
viro-me para o transcendente e ergo as mãos aos céus, como quem
diz, para a Rainha Santa. Quem sabe a Padroeira não ilumine estas
cabecinhas pensadoras?
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