quinta-feira, 28 de abril de 2022

LUSO: ONTEM HOUVE ASSEMBLEIA DE FREGUESIA




Eram 19h00, nesta última Quarta-feira, quando Edmundo Duarte, presidente da Assembleia de Freguesia de Luso, deu início aos trabalhos da primeira sessão do ano.

O salão da sede estava composto, mas sem a mesma afluência de fregueses que se verificou na última reunião do ano passado, em Novembro, realizada no Grande Hotel de Luso.

Como é da praxe, começou-se pelo período de Antes da Ordem do Dia, como quem diz, onde são tratados assuntos variados da circunscrição e onde são englobados os temas que os cidadãos entendam levar à discussão do executivo, obviamente, depois da autorização e passagem da palavra do presidente da Mesa da Assembleia.

Neste acontecimento público, que os eleitores ainda dão pouco valor e não reconhecem como instrumento importantíssimo para serem ouvidos pelos eleitos do poder instituído e representativo, pode-se falar de tudo desde que incida em matérias referentes à freguesia ou ao concelho. Assim, desde a água que corre nas valetas descontroladamente, ao lixo espalhado junto de contentores por porcos com figura de gente, até ao passeio desnivelado e em que já caiu uma velhinha, coitadinha, tudo pode ser avaliado entre o passado, o presente e o futuro.


* Na fase de intervenção pública, intervieram três fregueses. Um, mais conhecido que o Papa, no caso, Óscar Carvalho, falou de vários temas, entre eles um relaccionado sobre a divulgação dos Editais nos sítios de estilo da freguesia – e que já tinha sido aflorado na última reunião.

Sobre esta intervenção, disse Claudemiro Semedo que ele próprio se tinha encarregado de os distribuir e colar nos lugares do costume.

Outro relator falou da água que se perde junto ao Centro de Saúde.

Claudemiro prometeu ir lá com um engenheiro e verem o que era possível fazer.

Por último falou um sujeito, velhote e de cabelos brancos, que não relembro o nome. Sei que é de Barrô, e mais nada.

Começou por interrogar sobre o prometido em campanha eleitoral parque infantil a ser construído na sua aldeia. Onde iria ter lugar? Junto ao moinho, ao lado do Castelo, ou no Pavilhão Recreativo?

Respondeu o presidente da junta que ainda estava a ser avaliado, mas, em princípio, seria junto ao Castelo ou próximo do Pavilhão, uma vez que estes dois terrenos eram já de propriedade camarária. Já o espaço junto ao moinho era particular e, para avançar o projecto, teria de ser adquirido.

Continuou o “avozinho” a “recomendar” que os serviços de "cantoneiros" da junta chamassema si a tarefa de limpeza da fonte de “chafurdo” do Barreiro e a área circundante, que, sendo pública, se encontra em estado de abandono. E é uma pena, continuou o “nariz empinado”, por ser um ícone da povoação, símbolos de memória do povo e de um tempo de grande escassez que deixou marcas.

Claudemiro concordou que era preciso preservar aquele espaço. Disse ainda que há dias, quando andaram por lá os funcionários, se esquecera de recomendar. Mas que, a partir de agora, não deixaria de o fazer.

E continuou o chato do homem do cabelo prateado, agora em jeito de dar graxa: que era um elogio pelo cumprimento da palavra prometida na mudança de uma vitrine onde são coladas as comunicações da junta de um recanto escondido para a parede frontal da Capela.

E aqui, Claudemiro até respirou fundo e, como a dizer “haja Deus! Até que enfim que sou elogiado!”, pareceu ter ganho o dia.

Quando parecia que a “carraça” do velhote já tinha despejado o saco, eis ainda que atira mais uma: “o “Siti Flex”, o transporte a pedido, não está a funcionar bem porque há pouca divulgação desta interessante ferramenta de mobilidade. Muita gente desconhece. Por outro lado, os trajectos publicitados não contemplam todas as aldeias do concelho, constatando-se uma certa discriminação para alguns lugares”.

Enfatizou Semedo que, desde que a ligação fosse marcada no dia anterior, por ordens da CIM, Comunidade Intermunicipal de Coimbra, qualquer pessoa pode usar o transporte de táxi e pagando um quantia módica à volta de dois euros.


* E passou-se à Ordem do Dia, ou seja, aos pontos agendados.

O primeiro, como é norma, foi a aprovação da acta da anterior sessão.

E aqui eclodiram as clivagens existentes entre a mesa e alguns vogais. Alegavam estes que a redacção proposta não estava de acordo com o que foi dito. Chegou a ser lançada a acusação de “tendenciosa”. Foi adiada a aprovação.


* Com uma abstenção, foi aprovada por maioria a Prestação de Contas relativas ao Ano Financeiro de 2021.

E sem outros assuntos de interesse maior, e na paz dos anjos, deu-se por encerrada a sessão cerca de três horas depois.

 

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