sexta-feira, 1 de abril de 2022

A MEALHADA VAI TER UM JORNAL MUNICIPAL

 



Ainda no segredo dos deuses, soubemos por fonte, que pediu resguardo, próxima do executivo liderado por António Jorge Franco, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, que a autarquia vai editar um jornal bi-mensal municipal.

Citando o meu informador anónimo, “o Franco anda muito incomodado com a informação pública no concelho. É limitada, vai a passo de caracol e não salvaguarda o interesse público.

Por vezes, quando vê que as notícias da Câmara chegam com mais de uma semana de atraso a casa dos munícipes, chega a manifestar desânimo no seu grupo de trabalho. “Assim não vamos lá”, diz Franco meio exaltado e a arranhar na cabeça. “De que nos vale trabalhar imenso, se esse esforço não for conhecido e reconhecido pelo povo que votou em nós? Por este andar não vamos aos oito anos de mandato!”, enfatiza o nosso mayor.

Continuando a citar o meu depoente, “com a publicação deste jornal, com uma cajadada mata-se dois cães, salvo seja, que me perdoe a Associação Viralata Vira Amor, é uma forma de dizer. Por um lado, resolve-se o problema da falta de informação a tempo e horas em casa dos munícipes, por outro, com tempo, pode colmatar a omissão da publicidade às deliberações. Não sei se sabe, mas, ao abrigo da lei 75º/2013, artigo 56º, a edilidade há muito que está obrigada a publicar num jornal as suas deliberações quinzenais e nunca o fez. Tem havido por parte da tutela uma certa pressão para iniciar o processo.

Por outro lado, o presidente não está muito satisfeito com a “reciclada” Agenda Municipal/Mealhada, que levou uma pequena mexida há pouco tempo e passou a ser impressa na FIG, em Coimbra. “Aquilo”, embora divulgue as iniciativas culturais no concelho, não serve. É demasiadamente curta nos objectivos. Queremos muito mais!

Claro que as coisas não podem ser imediatas, porque a Lei, sendo de certo modo limitativa, impõe condições. O título não pode ser distribuído gratuitamente; deve ser de informação geral; que tenha uma edição quinzenal não inferior a 1500 exemplares nos últimos seis meses. Ou seja, primeiro tem de nascer o jornal, dar-lhe os primeiros passos, pô-lo na linha e só depois entrar na viagem rumo ao futuro.

Entre outros nomes em cima da mesa, pode muito bem vir a chamar-se “O Mealhadense”.

-Não se esqueça que esta informação é em “off”. Está a ouvir? Nada de nome. Não me desgrace a vida. Ouviu bem?


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