domingo, 17 de outubro de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA



Jornal da Mealhada (edição de 13 de Outubro)


POSITIVO


Com uma capa insípida, com pouca graça, a publicação do Jornal da Mealhada desta quinzena apresenta-se sem grande rasgo. É como se o jornalista principal, João Pedro Campos, estivesse de férias e a edição fosse, em remedeio, editada por pessoas alheias à feitura do quinzenário.

É uma edição praticamente dedicada à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada (SCMM). Desde uma página de publicidade ao 115º aniversário da IPSS, Instituição Particular de Solidariedade Social, com outra página inteira às valências oferecidas por esta casa, até mais três páginas de entrevista ao padre Rudolfo Leite. Não se discute a qualidade do diálogo transcrito e realizado por Martha Mendes ao presbítero. O que se levanta é o tamanho que a conversa ocupou no jornal: três páginas. Por outro lado, não podemos esquecer que Rudolfo Leite é, ao mesmo tempo, capelão da IPSS e vice-director do JM. Foi dose dobrada.


MENOS BOM


Consta-se que esta edição, para além de duas participações sobre Alimentação e Saúde, não tem artigos de colaboradores.

Num momento em que o novo executivo local está prestes a tomar posse, seria lógico umas palavras, em jeito de especulação, sobre o encargo que a nova equipa vai enfrentar. Por exemplo, nomear e elencar as necessidades mais prementes que o executivo liderado por António Jorge Franco deve tomar como primeiras medidas.

Sabendo que neste tempo omisso – período que vai da eleição até à tomada de posse – os munícipes estão ansiosos por notícias urgentes sobre obras que se arrastam na sua aldeia, no seu bairro, na sua rua, o periódico devia saber criar empatia, fazendo a ponte, colmatando e preenchendo essa inquietação.

Como já escrevi nestas crónicas opinativas, um quinzenário, numa época em que o metralhar diário de notícias é ao minuto, concorre contra o tempo – que funciona como apagador do que foi “caixa” – e, das duas uma, ou mostra ser muito bom, procurando artigos inéditos e ainda não noticiados por outros concorrentes, ou então transforma-se numa espécie instrumento vazio de informações locais. Num tempo em que o digital, em detrimento do papel, está a tomar conta da informação, o JM parece assobiar para o ar. Basta dizer que a página online do jornal desta semana ainda não foi actualizada. A meu ver, e salvo melhor opinião, o site deveria ter uma pessoa nomeada para, a toda a hora, manter o sítio informado.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 13 valores.


JORNAL DA BAIRRADA (edição de 14 de Outubro)


Conforme nos tem habituado, pela grande qualidade jornalística, na diversidade de temas e lugares da Bairrada, ao longo dos últimos anos, continua a ser o ponteiro de uma bússola a apontar o Norte. Nada contra a referir.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 18 valores


 

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