quarta-feira, 23 de maio de 2018

BAIXA: CRÓNICA DA SEMANA PASSADA




MOMENTO CATÁRTICO

Conforme estava anunciado, na quinta-feira da semana passada, Francisco Queirós, vereador eleito pela CDU, Coligação Democrática Unitária, com os pelouros da Habitação e Desenvolvimento no Executivo de maioria socialista, às 19h00 estava presente na sede do PCP, Partido Comunista Português, na Rua Adelino Veiga, para receber os comerciantes e ouvi-los sobre a grave crise que se abateu na Baixa de Coimbra.
Na primeira semana, entregando um prospecto explicativo, comunicou que a CDU tinha apresentado e feito aprovar na Assembleia Municipal de Coimbra uma resolução, uma carta de intenções, com 11 medidas, entre várias, desde o estacionamento gratuito em parques periféricos até reforço das equipas de limpeza.
Na segunda semana, usando novamente o trato pessoal e entregando um pequeno folheto, convocava os comerciantes da Baixa para uma reunião na sede do partido a que está agregado.
À solicitação compareceram 12 pessoas ligadas ao comércio. As perguntas que ficam são: 
Os comerciantes não apareceram porque, de facto, as coisas não estão tão más assim?
Ou, em sentido diferente, poderemos pensar que não estiveram presentes porque não acreditam na CDU?
E se fosse outro partido ou movimento a convidar seria diferente?

FINITO


Fechou há dias uma das duas lojas da Mercearia à Portuguesa, na Rua da Gala. Certamente para conter custos, uma vez que a cerca de vinte metros abriu há cerca de um mês outra do mesmo género, teria sido uma decisão ponderada pelo jovem empreendedor Fábio Teixeira, o proprietário.
Desde Janeiro deste ano, é o 18º encerramento comercial na Baixa.

PARA REFLECTIR

Já passaram seis meses desde a tomada deste novo executivo liderado por Manuel Machado. Ao longo da campanha eleitoral com promessas de recuperação da Baixa, a verdade é que não se vê qualquer movimento, por parte dos socialistas, para implementar medidas que evitem os encerramentos.
Basta dar uma volta pela parte baixa da cidade para verificar que outros fechos estão em linha. Sem querer parecer tétrico, só para adiantar: um na Rua da Sofia; dois na zona da Rua Simões de Castro; dois na Rua das Padeiras.

TERMÓMETRO TURÍSTICO




Embora os visitantes que aportam à Baixa diariamente sejam em grande número, verifica-se que, já desde o ano passado que é assim, o turismo que que procura a cidade é muito pobre nos gastos. Para além de uns cafés e algumas refeições consumidas, alegadamente, no comércio pouco deixa. Como "recuerdos", os turistas levam consigo fotografias e fotos de tudo o que mexe. Com brasileiros e franceses a constituir a maioria e alguns ingleses em minoria, é óbvio que mesmo assim venham a nós e deixem o pouco do vosso reino.

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