.Nesta
última semana, o Café Santa Cruz, o nosso ponto de encontro, o
vetusto lugar sereno que nos transporta para um ambiente clássico,
comemorou 95 anos.
Em
nome da Baixa, em nome do concelho de Coimbra, em nome de Portugal,
em nome do mundo, se posso escrever assim, um grande eferreá
acompanhado com uma intensa e sonora salva de palmas.
Francisco
Queirós, vereador eleito no executivo com os pelouros da Habitação
e do Desenvolvimento, na semana passada, à frente de um grupo de
embaixadores locais, em representação da CDU, Coligação
Democrática Unitária, percorreu a baixa comercial. Entrando nas
lojas e falando com os seus responsáveis, o cordial edil foi tomando
o pulso à situação de grave crise que assola o centro histórico
da cidade. Ao mesmo tempo, aproveitou para transmitir um conjunto de
medidas para revitalizar a Baixa e o seu comércio recentemente
propostas na Assembleia Municipal de Coimbra pela CDU. Em forma de
resolução (intenção) direccionada ao executivo, formou uma moção.
Amanhã,
quinta-feira, dia 17, será realizada uma reunião com comerciantes
na sede do PCP, na Rua Adelino Veiga.
No
atual executivo de Coimbra, de maioria PS, o vereador comunista é
responsável pela promoção e reabilitação de habitação, pela
gestão do parque de habitação e pelo gabinete médico-veterinário,
desde 2009. No anterior mandato, então de maioria social-democrata,
Francisco Queirós também teve pelouros atribuídos, tendo
igualmente desempenhado o cargo a tempo inteiro.
Encerrou
há dias o último ponto de venda da Valise, na Rua Adelino Veiga.
Esta conceituada marca de calçado para homem e senhora esteve também
representada no antigo Dolce Vita, agora baptizado de Alma, no
Coimbra Shopping e no Fórum Coimbra. Segundo informações não
confirmadas, a loja do Fórum, a última nas grandes superfícies,
fechou agora, em simultâneo.
Ao
que parece, já de há uns tempos a esta parte, é o fim anunciadode
uma empresa que chegou a ter 6 estabelecimentos na Baixa,
nomeadamente um na Rua da Sofia, outro na Rua Ferreira Borges, outro
na Rua Eduardo Coelho, e três na Rua Adelino Veiga, onde era a sede
e que foi a primeira a começar um longo caminho de sucesso nos
primeiros anos de 1980 no antigo espaço da Bruma, uma desaparecida
chancela dedicada à venda de electrodomésticos e fotografia, onde
foi funcionário o respeitado fotógrafo Rui de Almeida, que se
estabeleceu na Rua Martins de Carvalho e já cerrou portas também.
Este
fecho -desde Janeiro é o 17º- das várias lojas do grupo Valise deveria fazer pensar o
executivo municipal de maioria socialista. Deveria, não deveria?
Pois deveria, mas quando se apanharem cacos comerciais no asfalto
talvez o poder local acorde. Tardiamente, como se calcula!
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