Coladinho
na “esquina dos
mortos”, na Rua do
Corvo e frente para a Praça 8 de Maio, o anúncio de um nascimento
salta à vista. Como um retratado esboço de um boneco rechonchudo
dos anos de 1950, ficamos a saber que, “ontem,
sexta-feira, dia 8, pelas 13h00, na
“Maternidade Luís
de Matos”, nasceu o Pilar Picoito. Ficamos
também a saber ainda que o nascituro “encontra-se em casa na baixa de Coimbra”,
e que, “findas as
cerimónias natais, vai ser mimada em casa e arredores”.
O
anúncio do “infeliz” -a tomar em conta o discurso do
bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus- está
“assinalado” em nome da “Maternidade Luís de
Matos” -que não existe- “fazemos magia”.
O
que é isto? É publicidade ao mágico Luís de Matos? É para nos
fazer pensar que em contrabalanço aos que partem na grande viagem se
deveria anunciar os que entram neste mundo de tormentos? É uma
brincadeira generosa de autor desconhecido como outra das colagens de
cartazes em lojas vazias?
Responda
quem souber.
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