sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

DUAS BAIXAS NA EQUIPA DO COMÉRCIO DA BAIXA





Mais duas lojas encerraram na Baixa. Uma, na Rua Visconde da Luz, de pronto-a-vestir, foi a Estrela Verde. Com cerca de oitenta anos, duas gerações, pais e filho, alegadamente acaba aqui o seu percurso comercial, pelo menos com esta marca. Há muito tempo que o senhor Américo, já com mais de sessenta anos, prometia não continuar muito mais tempo na vida enfadonha em que se transformou a venda de rua.
Outro estabelecimento que fechou portas foi o do senhor Carlos Alberto Henriques, na Rua Adelino Veiga, que se dedicava à venda de atoalhados e artigos para o lar. Este espaço na rua do poeta morto Adelino Veiga foi até 2005 de gerência das Modas Veiga. Posteriormente, em 2012, foi tomado de arrendamento por Carlos Henriques, que anteriormente esteve estabelecido na Rua da Moeda e na Rua da Louça.

A VERGONHA QUE ENVERGONHA

A Rua Adelino Veiga, que até por volta de 1995 foi a artéria de mais movimento de pessoas e comércio da Baixa, hoje está transformada numa via abandonada e de aspecto fantasmagórico. Com uma extensão de centena e meia de metros, tem cerca de dezena e meia de lojas encerradas. Para piorar, é o “abandalhamento” que transmite ao transeunte e que causa repulsa ao mais insensível. Para quem entra pelo lado da Praça do Comércio, percorrendo cinquenta passos, encontra um amontoado de cobertores e lixo no átrio das montras que pertenceram à desaparecida Românica. Creio que três sem-abrigo pernoitam ali todas as noites. Tanto quanto julgo saber, este espaço tem uma grade de protecção, ora, sendo assim, por que razão os serviços do departamento de Acção e Família, da Câmara Municipal, para além de verificarem se estas pessoas estão sinalizadas, não contactam o proprietário do imóvel e o convence/intima a fechar o espaço? Percorre-se mais uns oitenta passos e, numa antiga loja que também pertenceu às Modas Veiga, o lixo e um cheiro nauseabundo incomoda e salta à vista. Segundo uma vizinha, “olhe que ainda há dias limpámos tudo, mas voltaram a sujar tudo. Até ratinhos temos visto a passear-se por aí.
Mas nem tudo são más notícias, ao que parece, o prédio do antigo El Dorado, que fechou em 2015, vai ser ocupado com tecidos a metro e outros artigos similares, por conta de uma grande firma deste ramo de negócio e que tem sede aqui, numa rua estreita.


2 comentários:

Unknown disse...

Quanto ao fecho das lojas da baixa deve-se questionar a câmara municipal, onde é que as pessoas podem estacionar sem pagar para ir às compras, pois nos centros comerciais existe estacionamento grátis. Os sem abrigo quanto mais se lhes dá sem exigir nada em troca, mais lixo fazem para os outros limparem.

Unknown disse...

Eu continuo a bater na mesma tecla;há falta de união dos comerciantes na baixa da Cidade!um fala pra um lado outros pro outro;mas quando passa o representant da Cãmara Municipal estendem a passadeira e desdobramsse em lamechismo.A união faz a força e infelizmente na nossa baixa nem uma coisa nem outra existe!