Tendo
em conta a continuada situação de aproveitamento político,
de empobrecimento e desalento que as actividades comerciais
tradicionais da Baixa de Coimbra atravessam, diariamente e até às
próximas eleições autárquicas de 01 de Outubro, vou sugerindo
medidas que, se houvesse vontade política, poderiam servir para
atenuar a queda e o encerramento de mais espaços mercantis.
Estou
a escrever p'ro boneco? É o mais certo!
Desincentivar a instalação na cidade de mais grandes áreas comerciais, já que
a oferta mercantil se encontra saturada.
Coimbra,
cidade de média dimensão, será, porventura a nível nacional, das
urbes que mais terá grandes superfícies comerciais
“per capita”.
A
história do seu centro histórico comercial, num marasmo e abandono
notório, continua a afundar-se num lodo espesso e de conveniência
de alguns.
É
certo que a Baixa, seguindo uma dinâmica natural, está a mudar
diariamente. O comércio já foi. O que se vislumbra sem óculos
graduados ou lupa de aumento é que a zona caminha velozmente para a
hotelaria. Mas a questão que sempre se coloca em tempo de balanço
é: o comércio, enquanto força anímica e revitalizadora dos
lugares habitados, faz ou não falta à cidade? Se não, continuemos
todos a fazer de conta que não se passa nada e deixemos morrer tudo
o que seja tradicional. Se pelo contrário achamos que é muito
importante para um desenvolvimento harmonioso ideal, então, neste caso, criemos
medidas que evitem a sua morte. Com coragem, com frontalidade,
expurguemos os deuses e demónios mercantis.
Há
muitos anos que esta zona de antanho está transformada num nó górdio. Há muitos anos que o seu comércio tradicional se tenta
adaptar aos novos tempos. Apetece interrogar: “quo vadis”
comércio tradicional? Sem que se vislumbrem soluções, continua-se
a malhar no ferro frio. À espera de dias melhores, continua a a
ancorar-se em pouco. Continua-se a apostar na festa para esquecer as mágoas. É o aplicar soro fisiológico ao doente comatoso. É um
investir no futuro sem fundo garantido. Todos sabemos que as fardas de Mao são apenas um indício da sua decrepitude e a ponta do iceberg, mas é urgente
cercear a entrada de mais grandes áreas comerciais na cidade...
sobretudo, digo eu, se querem manter a Baixa viva.
Valerá
a pena pensar nisto?
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1 comentário:
Boa noite Luís,gostava de lhe deixar uma palavra acerca dos seus ultimos textos intitulados «BAIXA: MEDIDAS DESPENALIZADORAS E A FAVOR DA REVITALIZAÇÃO ».
Não será bem um comentário,pois nestes doze textos/posts concordo totalmente com alguns deles,outros nem tanto e um ou dois discordo completamente.
O queria mesmo dizer-lhe era ,por um lado dar-lhe os parabéns,e depois agradecer o seu trabalho,pois é notório o tempo dispendido em pesquisa,quando acabar com as suas «medidas...»parece-me que com todos os textos compilados teremos um ensaio acerca da baixa,da nossa cidade,dos seus problemas,do que foi feito,daquilo que se projecta,etc,etc.
Com esta «empreitada» em se lançou,o Luís vai fazer calar e meter o rabinho entre as pernas muita gente,refiro-me aqueles que o criticam diendo que o questões nacionais só diz mal da autarquia e das instituições da cidade,que é um má-lingua,que a Rosete e o Arnaldo não fazem nada,nem ás inaugurações aparecem,a Etelvina não atende os telefones,nem ao Dr,Machado sequer!
Em resumo,acho mesmo que está a fazer serviço publico,e quando isso acontece em Coimbra,torna-se incómodo para alguns,aqueles que têm uma memória selectiva e não gostam muito de «Luises» que têm memória de elefante,não se esquecem das promessas feitas,e ainda por cima escrevem(e bem!) tudo aquilo que pensam num bloguezito que já passou o milhão e duzentos mil visualizações.
Um abraço,Luis
Marco Pinto,Coimbra
PS:Juro que blogger desta página não me pagou nada,nem sequer um café!,para eu escrever estas palavras.
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