quarta-feira, 21 de junho de 2017

A INDECOROSA “TERTÚLIA” SOBRE OS QUATRO ANOS DE PATRIMÓNIO MUNDIAL




VERGONHA

Hoje, organizado pelo Lions Clube de Coimbra e com a colaboração dos Rotários de Coimbra, cerca das 18h00, iniciou-se no Café Santa Cruz uma anunciada Tertúlia para, em balanço, debater os quatro anos da declaração de Património Mundial da Alta/Sofia. Contando no painel com representantes da Direcção Geral da Cultura, Universidade de Coimbra, Câmara Municipal e Turismo Centro de Portugal.
Como se assistisse a uma partida de pingue-pongue, durante cerca de duas horas a conversa, entre lá e cá, girou entre doutores. Ou seja, entre a mesa e quatro digníssimos e ilustres personagens da urbe assistiu-se a um jogo de espelhos, a uma feira de vaidades, a um derramar de egos inflamados para cada um, na sua subjectividade, tentar justificar o que de melhor tem sido feito na cidade.
Na assistência, ansiosos por darem a sua opinião, os braços iam-se levantando e pelo cansaço baixando sem que o moderador manifestasse a mínima intenção de dar a palavra ao público.
Porque sou teimoso, talvez por ser rústico, talvez por não alinhar nesta vergonha, fui insubmisso e durante cerca de quarenta e cinco minutos mantive o braço no ar. Mesmo assim o moderador deu por encerrada a sessão. Azar seu. Invocando o direito à livre expressão, denunciei a mediocridade do que estava acontecer naquele nobre espaço. Foi então que me foi dada a palavra e, olhos-nos-olhos, disse a cada membro do painel o que tinha a dizer.
Foi a última vez que participo neste tabuleiro de mediocridade, neste lesa-expressão democrática, neste faz-de-conta que se vai discutir para só falarem os interessados. Como disse lá, este foi mesmo o paradigma da relação entre as entidades que ali representavam o Estado Português e o cidadão comum. Coimbra no seu pior. VERGONHA!

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