sexta-feira, 12 de maio de 2017

UM PAÍS DE JOELHOS

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)



O que seria de Portugal sem as “aparições”, ou melhor dizendo, sem as “visões” de Fátima?
O que seria do povo que lavra no rio e transpira a estopinhas para ver serenamente um bom jogo de futebol sem insultar o árbitro?
O que seria das televisões, privadas e públicas, sem os directos de encher o olho de lágrimas, sem estas grandes reportagens para o mundo?
O que seria do Governo sem este 13 de Maio e a ajuda -desinteressada, é preciso dizer- do Papa Francisco?
O que seria do nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sem este encontro com Francisco, o Chefe-mor da Igreja Católica, e sem aquele seu ar compungido de bom samaritano?
Ah grande Portugal! Haverá melhor postal ilustrado para a Europa e para o Mundo do que esta imagem de uma nação humilde e de joelhos?
Ah grande António (Salazar)! Estejas lá onde estiveres, mesmo que não durmas como um anjo, que nunca foste, pelo efeito das setas envenenadas de uns certos anarquistas, descansa em paz! Nunca te sintas frustrado, que a tua obra, perpectuada pela intemporalidade, como cartilha, maternal, paternal e familiar, em Santíssima Trindade, agora convencionada como doutrina oficial de socialistas e comunistas, nunca foi, como agora, tão difundida aos sete mares andarilhos.
E mais, António, não será de admirar se, nuns tempos próximos, pedirem a tua beatificação!
Como diria Teixeira de Pascoais (1877-1952):

Ó Bandarra do amor! Brucho da profecia!
Eu creio, como tu, em Dom Sebastião!
Eu creio, como tu, no seu regresso! Eu creio!
Já seu perfil de encanto
Doira de etérea graça o nevoeiro
Dessa Manhã divina prometida
Pelo canto do Povo e dos poetas.”

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