Se
não tivesse acontecido às 23h47 de ontem, até facilmente poderia
ser acarretada a culpa do intenso barulho desta noite para o sismo de
magnitude 3.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 20
km a Sudoeste da Figueira da Foz.
Esta
noite a Baixa esteve envolta em completo estardalhaço provocado por
estudantes. Foram gritos estridentes ao longo da madrugada, foram
pancadas fortes em objectos públicos e, para completar o cenário de
vandalismo arruaceiro, às 5h45 uma besta mandou um enorme coice nas
chapas de protecção da ourivesaria Mondego, na Rua Eduardo Coelho,
e accionou o alarme.
Para quem cá habita,
pois ano-após-ano a recorrência repete-se, já nem vale a pena
gritar “Ó DA GUARDA”, porque, por um lado,
alegadamente estamos numa cidade de paz e nada acontece que quebre a
pacatez rotineira, por outro, os agentes mal chegam para
supervisionarem os recintos da festa. É ver a coisa a descambar e comer e calar.
Pensar
que este continuado rebuliço pode afectar o turismo nem vale a pena.
É óbvio que os passantes em trânsito pela cidade adoram não
poderem dormir e terão a maior complacência por uma semana de
autêntico desvario. É a Queima das Fitas em todo o seu fulgor! Isto
basta!
Muito mal vai um sistema,
desequilibrado, quando se deixa tomar por um dos lados prevaricador.
Adivinha-se o resultado disto tudo quando os lesados não conseguem
mostrar que estão a ser pisados por uma horda de vândalos que não
respeita ninguém e muito menos quem autoriza e os licencia para as
suas investidas animalescas. Como é natural, mandar esta gente toda,
mandantes e mandados, para um lado que todos sabemos mas não dizemos
é pouco. Mas é o tempo que vivemos! Onde a anomia, a desordem, o
caos, tomou conta de uma ordem que ninguém vê mas que a aceita
passivamente.
Vale
a pena pensar nisto? Acho que não. Não há tempo para perder com
detalhes. O problema será o resultado final para o futuro. Como quem interroga: o que se espera deste desvario de carneirada?
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