Ontem à hora anunciada a
denominada Orquestra de Músicos de Rua de Coimbra apresentou-se no Pavilhão
Centro de Portugal para mostrar o seu trabalho gravado em cd. Trata-se de 14
temas originais divididos entre canções de amor e baladas de intervenção
social. Perante cerca de 15 pessoas, durante cerca de duas horas e meia e com a
participação especial de João Vila que tocou piano, guitarra e cavaquinho –ou não
fosse ele o mestre que recentemente ganhou o concurso o “Às do Cavaquinho”,
promovido pelo SIC- e encantou o público presente. Para o João um apertado abraço pela sua disponibilidade e sensibilidade em marcar presença.
Antes de prosseguir um enorme
agradecimento a quem, num dia de muito calor trocou a praia por este acto de
solidariedade, se deslocou para ver ao vivo e adquirir o disco cujos proventos
se destinam a custear o regresso de Paolo Vasil, acordeonista deste grupo, à
Roménia e que acontecerá no próximo dia 7, Sábado.
Enquanto mentor deste projecto,
estarei satisfeito? Claro que não. Gostava de lá ter visto mais gente. Sobretudo aqueles que se dizem amigos -mas a amizade, nos tempos que correm, deu em prostituir-se e, pela vulgaridade, não vale um cêntimo. A vida continua. No meio de muita insensibilidade colectiva há sempre alguém que
se destaca. Não vou falar em nomes, mas é graças a pessoas de enorme coração
que as acções, mesmo a coxear, atingem a meta. E escrevo isto porquê? Porque
ontem apenas 13 cd’s se venderam. Ora é fácil de ver que se cada trabalho
custava, na estreia, 10 euros somente se conseguiu 130 euros –o que ficava a
léguas de pagar o transporte do Paolo para a Roménia e ajudar a colmatar o financiamento
discográfico. Como acontecem milagres, ontem, tivemos uma oferta de 200 euros –a
pedido do generoso contribuinte não vou identificar. Fica aqui o meu
enormíssimo bem-haja. E foi esta verba que foi entregue ao Paolo Vasil.
A título de curiosidade, saliento
também o facto de hoje ter vindo propositadamente da Figueira da Foz a Coimbra um
casal para adquirir o cd. São estes pequenos gestos que nos fazem acreditar que
há sempre pessoas boas neste mar de frieza calculista.
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