Já aqui falei dos abortos de publicidade partidária que
foram colocados no Largo da Portagem. Em equidade, seguindo o mesmo critério de
análise, mostro hoje as duas ruas largas da Baixa, montra de uma cidade, ainda
que polarizada entre Alta e Sofia, recentemente classificada pela Unesco como
Património Mundial. Ao longo destas designadas ruas da calçada são visíveis os pendentes partidários entre o Largo
da Portagem e a Praça 8 de Maio. Não deixa de ser curioso o facto de a
Universidade de Coimbra, enquanto entidade responsável e promotora da
candidatura à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura, também ter colocado painéis suspensos nestas artérias. É urgente
regular a publicidade, partidária e outras, no Centro Histórico. É evidente que
a partir do momento em que foram colocados os tapumes no Largo do “mata-frades”
pela “Coligação por Coimbra” deixou
de haver moralidade, e ética, para restringir as autorizações publicitárias para
as restantes forças ideológicas. Mas está mal. Passados quase três meses do
anúncio da classificação mundial –foi em 22 de Junho-, pergunto-me todos os
dias: o que mudou na Baixa de Coimbra, ou mesmo na Rua da Sofia, a designada
via latina dos ancestrais colégios e estiveram na base da distinção? É que o
mais caricato é que nem se observaram mudanças para pior ou melhor. Nada! Como
um burro que roda em círculo para tirar água
à nora, ou engenho, sem se
questionar porque o faz, tudo por aqui continua igual, no mesmo ramerrão de
sempre. Tanta esperança colocada nesta distinção! É triste, não é?
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