(Imagem da Web)
Dentro
de duas semanas cada um de nós é chamado a contribuir para a
escolha dos seus eleitos locais. Para os que não querem saber e,
para se justificarem, dizem ter desistido do processo, as desculpas
são variadas e ao sabor da imaginação de cada um. Desde o
afirmar-se que votar é uma perda de tempo, que os que se apresentam
não prestam, até que não sabe o seu número de eleitor, tudo serve
para descarregar a consciência no laxismo.
Aqui
não se aconselha o voto em qualquer candidato ou força política em
especial. O que reiteramos é que se deixe de vazios argumentos
bacocos e, pela sua vontade, interfira directamente no acto
eleitoral. Não deixe que outros decidam por si. Sabe-se que o
concorrente em quem depositamos a nossa confiança pode não ganhar.
Não importa. São as regras do jogo. O que conta é que participámos
no pleito eleitoral e, enquanto cidadãos cumpridores, não nos
mantemos à margem das grandes decisões para o futuro da nossa
região, do nosso país.
Como
já tenho alguma idade, ainda me lembro da primeira eleição em que
votei (para a Constituinte) e, todo janota, de peito-cheio, o quanto
me senti bem por saber que era um do todo e que tinha “voto
na matéria”, isto
é que, com a minha cooperação, estava a participar numa escolha
que, legitimamente, também era minha e não deixava que outros
decidissem no meu lugar. Ainda hoje, passados mais de quarenta anos,
no dia do sufrágio levo comigo uma sensação de importância
majestática pelo facto de o direito individual a votar ter sido uma
conquista da Democracia e muito difícil de obter. Até por isso
mesmo merece um respeito suplementar. Bem sei que para os mais novos,
que não sentiram a discriminação, a dificuldade, e não sentiram a
experiência negativa, pouco lhes diz a história, mas os mais velhos não têm
mesmo álibi para se escusarem.
O
sistema tem defeitos? Claro que sim, sobretudo pela sensação de que
unicamente com o nosso boletim individual pouco poderemos fazer para
alterar seja o que for, mas como dizia Churchill, ex-primeiro-ministro inglês, de todos os menos bons, este, porventura, será o menos
mau. Está a precisar de alterações? Certamente.
A
bem do combate à abstenção, diz muita gente que é necessário
deixarmos de votar numa lista com um reconhecido cabeça-de-cartaz e,
pelo Método de
Hondt, modo de
converter um número de votos em mandatos em que os elegíveis vão
subindo progressivamente e chamados a ocupar o lugar, passarmos a
votar directamente nos nossos escolhidos, em Círculos
Uninominais,
“círculos
eleitorais, ou seja, limitações geográficas que definem qual o
conjunto de eleitores cujo voto determinará qual o representante
escolhido para exercer funções no parlamento”.
Como se vê, embora esta
alteração constitucional apenas esteja preconizada para a Assembleia da República
e até agora os partidos tradicionais fujam dela como o diabo da
cruz, quem sabe, um dia, possa vir a ser também alargado para as
autarquias? É bom? É pior do que este que temos? Não sei. Só
vendo e experimentando os resultados.
Voltando
ao próximo 1 de Outubro, quantos mais participarmos na votação
maior será a exigência que estamos a impor aos eleitos- eles
sentirão isso mesmo- e a escrutinar a eficácia no seu desempenho
futuro. E mais, o que ganhar, já que foi uma escolha da maioria,
mesmo que o detestemos, devemos reconhecê-lo como o nosso maior
representante político-partidário, social e económico do nosso
Concelho, e aceitar o resultado como um desígnio colectivo.
Para
não ir votar, e se desculpar para si e para quem o rodeia, por não
saber o número de eleitor, a Comissão Nacional de Eleições
facilita-lhe a vida. Basta seguir o seguinte procedimento:
Envie
um SMS para o n.º 3838, com a seguinte informação:
RE (espaço) nº de Cartão de Cidadão (espaço) data de nascimento (AAAAMMDD).
Logo de seguida receberá a confirmação do nome do eleitor, o nº de eleitor, a cidade e freguesia, local de voto e nº da secção de voto. (Serviço Grátis)
RE (espaço) nº de Cartão de Cidadão (espaço) data de nascimento (AAAAMMDD).
Logo de seguida receberá a confirmação do nome do eleitor, o nº de eleitor, a cidade e freguesia, local de voto e nº da secção de voto. (Serviço Grátis)
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