Desde
o século XVI que os governos, quando lhes convém, reprimem a
produção interna mas, ao mesmo tempo, estabelecem concessões de
produção no país em regime de monopólio estrangeiro. A História
de Portugal está prenhe destes episódios, sobretudo para os
ingleses.
Nos
nossos dias, por dá cá aquela palha, como quem diz, por dá cá
duas ou três plantas de canábis de produção caseira prendem-se e
levam-se a julgamento cidadãos. Ou, no oposto, varrem-se os toxicodependentes para debaixo do tapete. Agora, ficamos a saber que uma
empresa canadiana estima investir em Portugal cerca de vinte milhões
de euros na produção de canábis para fins medicinais.
Mas não é a primeira vez que isto acontece. Em 2014 foi autorizada uma empresa inglesa a, nos mesmos termos, a operar em Portugal.
A
perguntas que ficam no ar são: se fosse uma empresa portuguesa seria
autorizada?
Como
é que se entende que, cá dentro, se prendam pessoas por uma
hipocrisia considerada indignidade social?
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